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Humanização
Redeterapia auxilia no tratamento de bebês da UTI Neonatal da MEAC-UFC/Ebserh
Fortaleza (CE) – Tranquilo e progredindo no tratamento, João Álvaro Silva, que nasceu prematuro aos oito meses de gestação, recebe um cuidado muito especial da equipe da UTI Neonatal da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh (CH-UFC): a técnica da redeterapia. Essa estratégia humanizada, realizada na MEAC há cinco anos com centenas de bebês, consiste em colocá-los em uma rede de tecido de algodão dentro da incubadora, na posição fetal, semelhante à do útero, contribuindo para a recuperação.
A terapeuta ocupacional Valdênia Cavalcante explica que essa é uma forma de aliviar dores e estresse do bebê. Além disso, auxilia no desenvolvimento do tônus flexor, ou seja, fortalece a estrutura muscular e as habilidades motoras do recém-nascido. Não somente prematuros podem se beneficiar, como também os que nascem no tempo correto, mas apresentam baixo peso, menor que 2kg. “Com a redeterapia nós conseguimos diminuir a irritabilidade, favorecer a transição dos estados comportamentais e melhorar a qualidade do sono, fazendo com que ele se sinta mais confortável e seguro dentro da rede”, esclarece.
A médica neonatologista Marina Brígido reforça que, ao reduzir estresse e dores, essa alternativa auxilia na evolução do quadro clínico dos prematuros: “Bebês mais tranquilos e sem dor conseguem guardar suas reservas de energia para o crescimento e desenvolvimento adequados”. Além disso, segundo ela, as redes ajudam a prevenir a formação de úlceras provocadas pelo longo período em que eles precisariam ficar deitados sobre os colchões das incubadoras.
A mãe, Regilvânia Silva, de 31 anos, conta que João Álvaro está visivelmente mais tranquilo. “Meu filho está sendo muito bem cuidado. Percebi que ele ficou mais calmo enquanto descansava na rede e as profissionais me explicaram tudo sobre esse procedimento”, disse. O final da gestação de Regilvânia foi marcado por picos de pressão alta, o que provocou um parto antecipado, quando o bebê tinha 1.750g.
Na MEAC, a técnica é utilizada após a avaliação individual do recém-nascido feita naquele que apresente, além de baixo peso, estabilidade clínica; que não esteja na oxigenoterapia e, também, não tenha refluxo gastresofágico. A frequência da terapia costuma ser diária, com duração de uma a três horas, com a constante verificação dos sinais clínicos do bebê, como a frequência cardíaca, o tom da pele e a respiração. Esse monitoramento garante a boa execução e resultado da redeterapia. No caso de João, enquanto ele segue sossegado em sua redinha, o efeito positivo deste recurso terapêutico é perceptível pois ele está crescendo e se fortalecendo a cada dia, com todo carinho e assistência de que precisa.
O Hospital Universitário Walter Cantídio e a Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, fazem parte da Rede Ebserh desde novembro de 2013. Saiba mais sobre a Rede Ebserh.
Com informações do CH-UFC/Ebserh