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Fisioterapia e ritmo
Projeto do hospital da Rede Ebserh em Juiz de Fora envolve dança como terapia em casos de distúrbios do movimento
Dança pode melhorar a função cognitiva geral, a memória, a função executiva, o equilíbrio e a marcha em pessoas com doenças neurodegenerativas
Juiz de Fora (MG) – Usar a dança como terapia para pacientes com distúrbios de movimento é uma proposta inovadora de trabalho da Fisioterapia na Unidade Multiprofissional do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF, sob gestão da Ebserh). O objetivo é trabalhar os benefícios da dança como terapia para pessoas com distúrbios causados por patologias como Doença de Parkinson, Huntington e Distonia, atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS) em Juiz de Fora e região.
De acordo com a fisioterapeuta Joice Assis, coordenadora do projeto Fisioterapia e Ritmo, “a degeneração dos gânglios da base pode levar a várias condições neurológicas que afetam muito a qualidade de vida e a funcionalidade dos pacientes. Apesar de haver tratamento, não há cura para essas doenças. Por isso, desenvolver estratégias que melhorem a qualidade de vida e a funcionalidade é de extrema importância”.
A boa notícia vem de estudos que comprovam como a dança pode ser uma terapia para melhorar não apenas a função cognitiva geral e a memória, mas também a função executiva, o equilíbrio e a marcha em pessoas com doenças neurodegenerativas, acrescenta a profissional.
Pacientes acometidos com doenças que causam distúrbios de movimento têm como sintoma principal a perda do controle do movimento, que fica de alguma forma alterado, seja por ser muito forte, muito grande, ou a pessoa tem dificuldade em iniciar o movimento, tem alteração no ritmo, etc. Logo, a dança é uma ferramenta que engloba aspectos em falta nos pacientes com distúrbios de movimento, como ritmo, cadência, controle e equilíbrio, explica o fisioterapeuta Miguel Fam.
“A dança consegue ter um papel importante no tratamento e os estudos mostram resultados bem encorajadores. Minha expectativa é muito boa para esse projeto. Se já conseguimos ver ganho com a parte tradicional do tratamento, acredito que a dança vai trazer um resultado bem interessante. Queremos saber até onde a gente consegue uma melhora desses quadros por meio da dança. Eu estou bem confiante e empolgado”, ressalta o profissional.
Voluntários
Os interessados em participar do projeto devem ter diagnóstico de Doença de Parkinson, Huntington ou Distonia, estar em acompanhamento médico e não ter contraindicação para a realização de exercícios físicos. Preenchidos esses requisitos, podem mandar mensagem para o whatsapp (32) 4009-5372 e informar que desejam participar do tratamento “Fisioterapia e Ritmo”, coordenado pela fisioterapeuta Joice Assis, deixar nome completo e número de telefone para serem contatados posteriormente.
O tratamento se inicia por meio de avaliações especializadas com fisioterapeutas das áreas de neurologia, geriatria e cardiopulmonar. Segue com a fisioterapia, com ritmo e dança, duas vezes na semana, durante três meses. Ao final, os pacientes são reavaliados e orientados à continuidade do tratamento domiciliar. Acompanhantes ou familiares também são incentivados a participarem presencialmente das consultas durante o tratamento.
Também compõem a equipe do projeto os fisioterapeutas Bruno de Paula, Gláucia Vieira e Renata de Oliveira.
Com informações do HU-UFJF/Ebserh