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INCLUSÃO
Profissionais da Rede Ebserh ressaltam importância de rede de apoio no Dia de Conscientização sobre Acessibilidade
Brasília (DF) - Neste mês de maio, é comemorado o Dia Global de Conscientização sobre Acessibilidade, data criada com o objetivo de refletir sobre a necessidade e importância de trabalhar pela inclusão da Pessoa com Deficiência (PCD) em todos os ambientes da sociedade. Para marcar a data, profissionais de hospitais universitários que convivem com deficiências ou trabalham em grupos que tratam do tema relataram suas experiências, os avanços e os desafios nesta luta diária, que depende de empatia, conscientização e envolvimento de todos.
“Esta data é fundamental para destacar para todos a importância de tornar o mundo mais inclusivo, promover a equidade e sensibilizar as pessoas sobre as barreiras que ainda existem para que todos possam ter as mesmas oportunidades”, ensinou a fisioterapeuta Tuíra Ornellas Passos, presidente da Comissão de Inclusão e Acessibilidade das Pessoas com Deficiência (CIAPD), do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA/Ebserh).
Segundo ela, essa comissão foi criada no ano passado e surgiu justamente o objetivo de sensibilizar a comunidade hospitalar sobre a importância de combater qualquer forma de discriminação da PCD e buscar sempre um ambiente inclusivo e acessível para todos.
Com pouco tempo de existência, a comissão já atuou em várias frentes, envolvendo no tema funcionários, pacientes, acompanhantes e visitantes, com palestras, capacitação sobre a Língua Brasileira de Sinais, divulgação de material informativo, entre outros. “No momento, estamos trabalhando em um relatório/diagnóstico para apontar barreiras que encontramos e podermos agregar a outros relatórios já feitos pela equipe da infraestrutura”, afirmou, acrescentando que, como PCD, já passou por situações em que teve sua capacidade profissional questionada, e, atualmente, no hospital, sente-se acolhida e inserida.
Psicóloga agradece apoio das equipes
Esse acolhimento foi fundamental para a psicóloga do Hospital Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol/UFRN), Ana Lúcia Martins Ramos, que é deficiente visual e sempre contou com uma rede de apoio para ajudar na sua luta pela inclusão. “Tive amigas que me ajudaram desde o começo, uma que me dava carona quando cheguei aqui, uma outra que me orientou a usar o SEI. Agradeço à equipe de segurança do Huol, que me recebe quando chego, colegas que me ajudam no meu trajeto. O importante é que nunca estou só”, afirmou a profissional.
Segundo ela, a definição de acessibilidade passa pela noção de inclusão. “Seria a condição de uma pessoa com deficiência viver as mesmas coisas que todas as outras pessoas, mesmo sem deficiência. É preciso enfrentar e derrubar as barreiras para que todos possam ter a mesma oportunidade”, resumiu.
Comissão faz acolhimento e acompanhamento no HUB
A assistente social da Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalhador (Usost) no Hospital Universitário de Brasília, da Universidade de Brasília (HUB/Ebserh), Violêta Maria da Silva Nolêto, é coordenadora da Comissão de Equipe Multidisciplinar de Avaliação e Acompanhamento do Empregado com Deficiência do HUB (CEMAAED). A instância foi criada em 2021 com o objetivo de acolher e acompanhar os empregados com deficiência, para garantir a inclusão no ambiente de trabalho e fazer as adaptações necessários, caso identificado durante a avaliação da equipe multiprofissional.
“A comissão PCD surgiu da necessidade de garantir a inclusão no trabalho no HUB, conforme preconizado na legislação e entendendo a importância da inclusão das pessoas com deficiência no ambiente de trabalho no cotidiano”, disse.
Servidora fala da importância da inclusão
A assistente administrativo do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC/Ebserh), Jéssica Maria Garibaldi Walter, afirma que este tipo de iniciativa e o debate sobre a necessidade de conscientização são importantes exatamente para que todos possam tomar conhecimento das dificuldades e, juntos, buscar a inclusão. “É importante que todos saibam como é a vida de uma pessoa com deficiência”, afirmou Jéssica.
Segundo ela, ao conhecer as barreiras enfrentadas no dia a dia, todos podem batalhar para vencer cada uma delas e colaborar pela inclusão das pessoas com deficiência, que se sentem encorajadas com estas mudanças e esta rede de apoio. Ela deu um recado para a pessoa com deficiência que entra no mercado de trabalho: “Não tenha medo de enfrentar os desafios rumo à sua independência”.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Sinval Paulino, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social