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Julho Verde
Prevenção e tratamento ao câncer de cabeça e pescoço são temas de campanhas em hospitais da Rede Ebserh
70% dos casos de câncer de cabeça e pescoço são descobertos já em estágio avançado devido à falta de informação das pessoas sobre a doença.
Brasília (DF) – Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide, seios paranasais, fossas nasais e glândulas salivares. Presença de caroço, feridas que não cicatrizam, dor de garganta persistente, dificuldade para engolir e alterações na voz são alguns dos sinais associados a esses tipos de câncer. O tratamento precoce é fundamental. Para alertar a população para a importância da prevenção, foi criada a campanha Julho Verde, alusiva ao Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, celebrado no dia 27 deste mês. Especialistas da rede Ebserh alertam para os cuidados e tratamentos.
O câncer de cabeça e pescoço é o quinto mais incidente no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres, causando cerca de 10 mil mortes ao ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025, são esperados no Brasil quase 50 mil casos de cânceres nas cavidades oral/laringe/tireoide/pele melanoma. Entre as principais causas que podemos apontar para a incidência destas doenças estão: o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas, a infecção causada pelo vírus HPV e a falta do uso de protetor.
No último dia 05 de julho nas dependências do Auditório Central do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), ocorreu o X Fórum de Discussão em Diagnóstico Bucal - Campanha Nacional Julho Verde com a participação de acadêmicos e profissionais da área de saúde para tratar sobre temas relacionados aos cânceres de cabeça e pescoço. A médica Liliane Janete Grando destacou o fórum como o principal para a área acadêmica sobre o assunto.
Já o médico cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital de Clinicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) Henrique Rezende Cançado explica que devido ao período pandêmico do coronavírus, muitos pacientes deixaram de comparecer aos serviços de saúde para diagnosticarem e tratarem diversas patologias, provocando o aumento do número dos casos das doenças em estágio avançado.
Dependendo do tipo, da localização e do estágio do tumor, o tratamento normalmente é feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, que podem ser utilizadas de forma isolada ou combinadas. Em casos raros, utiliza-se a imunoterapia, completou o médico Henrique Rezende.
Durante o mês de julho deste ano, há uma vasta programação entre os dias 24 e 29 de julho, em relação a conscientização sobre os cânceres de cabeça e pescoço no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC-UFCG) em Campina Grande (PB). Conforme relatou o Chefe da Divisão Médica e médico especialista em cirurgia de cabeça e pescoço Uirá Luiz, “haverá entrevistas aos meios de comunicação; palestras educativas; panfletagens sobre a temática e ainda um mutirão de cirurgias voltadas a especialidades de cabeça e pescoço para os pacientes que estão na fila de espera, regulados pela Central de Marcação da Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande”.
O Serviço de Cabeça e Pescoço do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, em Fortaleza (CE), realizará, no dia 31, a partir das 7h30, mutirão de combate ao câncer de cabeça e pescoço com 150 atendimentos. O público-alvo são pessoas que apresentam nódulos cervicais (caroços no pescoço), rouquidão, dor ao engolir, sangramento ou algum desconforto, dor ou inflamação na cavidade oral ou nasal por mais de 15 dias. Também haverá ações de educação em saúde com o apoio da Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da UFC e exposição de fotografias de Carolina Dias com pacientes submetidos à cirurgia no Serviço de Cabeça e Pescoço do Hospital.
Onde receber o diagnóstico e tratamento:
HUAC-UFCG (Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande): Os pacientes com diagnóstico confirmado de câncer de cabeça e pescoço e casos suspeitos são diagnosticados e tratados no ambulatório de cirurgia de cabeça e pescoço, devendo ser encaminhados pela Central de Marcação da Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande, PB. O primeiro passo é procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua casa e solicitar o encaminhamento médico.
HC-UFMG (Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais): Os pacientes com diagnóstico confirmado de câncer de cabeça e pescoço e casos suspeitos são atendidos no ambulatório do Hospital das Clínicas, localizado no anexo Instituto Jenny de Andrade Faria. A unidade atende em torno de 40 pacientes por semana e conta com uma equipe composta por três cirurgiões de cabeça e pescoço. Para ser atendido, o cidadão deve ser encaminhado pela Central de Marcação da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, MG. O primeiro passo é procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua casa.
HU- UFSC (Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina) – Os pacientes com diagnóstico confirmado de câncer de cabeça e pescoço e casos suspeitos são diagnosticados e tratados no ambulatório, devendo ser encaminhados pela Central de Marcação da Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina. O primeiro passo é procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua casa e solicitar o encaminhamento médico.
CH-UFC (Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza – Ceara). Dispõe de quatro ambulatórios: Ambulatório de Câncer de Cabeça e Pescoço (segunda-feira, das 13h às 19h); Triagem em Cabeça e Pescoço (quinta-feira, das 13h às 19h; Ambulatório de Cirurgia Craniofacial (sexta-feira, das 7h às 13h) e Ambulatório de Tireoide e Paratireoide (sexta-feira, das 13h às 19h. Os pacientes recebidos são aqueles encaminhados das unidades básicas de saúde via sistema de regulação de consultas da Prefeitura de Fortaleza. O HUWC não dispõe de serviço de emergência.
Sobre a Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Elthon Ribeiro com revisão de Felipe Oliveira
Coordenadoria de Comunicação Social /Ebserh