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PROTAGONISMO
Pesquisadoras da Rede Ebserh contribuem no avanço da ciência no Brasil

Ebserh celebra protagonismo de mulheres na produção científica dos hospitais da rede. (Fonte: Freepik) - Foto: Photographer: Dragos Condrea
Nesta matéria, você vai ver:
Projeto da dermatologista Tânia Moreno objetiva tornar mais acessível o rastreio do câncer de pele.
Dissertação de mestrado da psicóloga Geórgia Hackradt avalia a saúde sexual feminina.
Neurologista Cláudia Vasconcelos participa de pesquisas dedicadas às doenças desmielinizantes.
Brasília (DF) – Destacar as conquistas femininas e o reconhecimento enquanto produtoras do conhecimento científico! Esse é o ponto alto deste dia 11 de fevereiro, quando celebramos o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, data instituída em 2015 pelas Nações Unidas. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) conta com o protagonismo de inúmeras mulheres nos 41 hospitais integrados à estatal, que impulsionam seus estudos e transformam a realidade a sua volta. Por isso, de forma ainda mais especial, vamos celebrá-las conhecendo um pouco da trajetória de quatro representantes da Rede pelo país!
Tornando o rastreio de câncer de pele acessível
Às margens do Velho Chico, Tânia Moreno Fernandes dedica-se a pesquisas que traçam um olhar apurado sobre a pele. Ela é professora da Universidade do Vale de São Francisco (Univasf) e pesquisadora no
- Tânia Moreno, dermatologista pesquisadora no HU-Univasf
Inicialmente, os pacientes passam por uma entrevista para que sejam registrados os dados sobre a sua rotina e saúde. Após essa etapa, o aplicativo de inteligência artificial “Model Dermatology”, disponível na internet, é utilizado para análise instantânea de doenças de pele e diagnóstico com precisão elevada. No momento da consulta e com autorização do indivíduo, as lesões cutâneas são fotografadas e o sistema confirma ou não a presença de um câncer, resultado que é comparado com a análise clínica feita pela dermatologista. Este estudo é uma forma de testar a eficácia do recurso e promover seu acesso mais amplo. “Podemos disseminar essa tecnologia para o interior, uma vez que identificamos que o diagnóstico é bastante eficaz”, declarou.
Um olhar voltado para a saúde sexual feminina
Com atenção direcionada para a sexualidade feminina, a psicóloga Geórgia Hackradt está concluindo seu mestrado no Programa em Ciências Aplicadas à Saúde da Mulher, da Maternidade Escola Januário Cicco,
- Geórgia Hackradt, mestranda da MEJC-UFRN
A circunstância acende um alerta, explicou a mestranda, para a necessidade de implementação de protocolos de avaliação da satisfação sexual das mulheres pelos profissionais de saúde que as acompanham, a fim de investigar mais profundamente a natureza do problema e determinar o tratamento adequado. “Historicamente, a expressão da sexualidade da mulher é apontada como disfuncional e adoecida, e se seguimos um modelo muito tradicional de diagnóstico, vamos continuar perpetuando antigas crenças. Quando unimos os saberes da Medicina e da Psicologia, temos um outro entendimento sobre o corpo da mulher. A minha pesquisa destaca a importância de se conhecer e, assim, ter mais autonomia, mais domínio sobre a nossa satisfação sexual. Quando nos educamos, adoecemos menos”, refletiu Geórgia.
Aperfeiçoamento de tratamentos para doenças neurológicas
Outra história inspiradora é a de Cláudia Vasconcelos, professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Lá, ela constituiu toda a sua trajetória profissional, com graduação, mestrado e doutorado, atuando no presente também como coordenadora do Ambulatório de Neuroimunologia/Esclerose
- Cláudia Vasconcelos, neurologista e coordenadora do Ambulatório de Neuroimunologia/Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes do HUGG-Unirio.
A neurologista também já participou de estudos clínicos para testagem dos medicamentos Fingolimode, Ocrelizumabe, e, mais recentemente, do Fenebrutinibe, todos para o tratamento da esclerose múltipla, além de uma pesquisa em andamento que envolve o desenvolvimento de um aplicativo para treinamento cognitivo de pessoas com dificuldades de memória após infecção do vírus da covid-19. “Estamos envolvidos, constantemente, com temas ligados à saúde neurológica da população, com a finalidade de produzir mecanismos de promoção para o bem-estar dos pacientes”, ressaltou.
Estratégias para mudar a realidade local
Rossana Basso é professora da Fundação Universidade do Rio Grande (Furg) e chefe da Unidade de
- Rossana Basso, chefe da Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias do HU-FURG.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Marília Rêgo, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh