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TRABALHO CIENTÍFICO
Pesquisa sobre vírus HTLV é aplicada em hospital da Ebserh em Campo Grande (MS)
Campo Grande (MS) – Transmitido por relações sexuais desprotegidas, contato com sangue infectado, e de mãe para filho, o Vírus Linfotrópico de Células T Humanas, conhecido pela sigla HTLV, infecta os linfócitos T, um tipo de célula de defesa do organismo. Para investigar o comportamento deste microrganismo entre moradores de Campo Grande, usuários e colaboradores do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS), filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias (PPGDIP) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) está realizando uma estudo científico sobre o tema.
A pesquisa está sendo conduzida pelo laboratório de Imunologia Clínica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan) da UFMS, coordenado pela doutoranda Carolina Amianti, professora Drª Ana Rita de Castro e Drª Larissa Bandeira, além da médica infectologista da UFMS, Drª Silvia Naomi Uehara, que realiza os atendimentos clínicos dos pacientes encaminhados pelo projeto.
O Brasil se destaca como um dos países com maior número absoluto de infectados. Uma parcela dos indivíduos portadores poderá desenvolver ATL, um tipo de linfoma agressivo e/ou Mielopatia, que compromete progressivamente a movimentação dos membros inferiores. “Nosso grupo já conduziu estudos epidemiológicos do HTLV em populações específicas, como população quilombola, indígena, privados de liberdade, HSH e imigrantes e descendentes de japoneses, em Mato Grosso do Sul. Mas não conhecemos a prevalência do HTLV na população geral da nossa região”, explicou Ana Rita de Castro.
“Todos os participantes são testados gratuitamente para HTLV e informados sobre sua situação sorológica. Além disso, recebem informações sobre as formas de transmissão, já que a maior intenção é eliminar a transmissão para as futuras gerações e encaminhar as pessoas que vivem com o vírus para serviço clínico especializado. Como não há tratamento específico contra o vírus, a melhor forma atual para combatê-lo é evitar a transmissão para outras pessoas e o diagnóstico precoce para facilitar o manejo clínico da infecção”, destacou Carolina Amianti.
Como fazer parte
Podem participar do estudo pessoas residentes em Campo Grande. As etapas da pesquisa incluem uma entrevista e coleta de sangue para realização do exame de HTLV, totalmente gratuito.
Para saber mais sobre o vírus e a pesquisa, acesse o perfil do projeto no Instagram: @htlv.cg. Exames podem ser agendados através do número: (67) 98114-4345. As coletas estão sendo realizadas no Laboratório de Imunologia Clínica do Laboratório de Análises Clínicas – LAC/FACFAN.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Com informações do Humap – UFMS