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Ciência e Saúde
Pesquisa com participação de hospital da Rede Ebserh em Uberlândia busca identificar câncer de próstata pelo sangue
Técnica identifica tumores coleta de sangue, e não de tecido
Uberlândia (MG) - Projeto realizado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, vinculado à Rede Ebserh/MEC (HC-UFU/Ebserh/MEC), busca um processo sem intervenção cirúrgica para detectar o câncer de próstata. Com mais de 150 pacientes do HC-UFU participantes da pesquisa desde 2015, o estudo pretende viabilizar a biópsia líquida como uma alternativa ao método tradicional de diagnóstico da doença. Com ela, os tumores são identificados por coleta de sangue e não de tecido.
Parte do trabalho é conduzida pela biotecnóloga Esther Campos Fernández, bolsista de doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) no Programa de Genética e Bioquímica da UFU. Ela trabalha com um tipo de molécula que se liga às células do câncer de próstata para realizar o sistema de biópsia líquida.
“Nós coletamos amostra de sangue do paciente e, a partir dela, isolamos os leucócitos (células sanguíneas). Esses leucócitos são lavados e marcados com as moléculas que vão ligar as células do câncer de próstata com determinadas características. Após essas marcações, levamos ao citômetro de fluxo, um mecanismo que nos indicará valores que permitem identificar se os pacientes foram acometidos pelo câncer de próstata”, explica Esther.
A coordenadora da equipe, Vivian Alonso Goulart, conta que o número de pacientes tem aumentado para validar os marcadores moleculares e poder colocar à disposição um diagnóstico mais rápido e precoce do câncer de próstata. Vivian alerta, porém, que o procedimento não substitui o exame de toque, por exemplo. “A técnica vem para complementar outras”, afirma.
Com informações do HC-UFU/Ebserh/MEC