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Teleatendimento
Pacientes com disfagia passam por consultas à distância no HU-UFSC
As teleconsultas são realizadas com autorização do paciente, em uma sala do Bloco Didático, duas vezes por semana
Florianópolis (SC) – O teleatendimento foi a saída encontrada pelos profissionais de Fonoaudiologia para atender alguns pacientes do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina e à Rede Ebserh (HU-UFSC/Ebserh), que são encaminhados para o Ambulatório de Disfagia e Voz, por causa das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19. As teleconsultas são realizadas com autorização do paciente, em uma sala do Bloco Didático, duas vezes por semana.
A atividade é feita com pacientes com disfagia (dificuldades para engolir alimentos ou líquidos) e com alterações vocais que tiveram alta hospitalar, que já estavam em acompanhamento ou, ainda, pacientes não internados atendidos em outras áreas do HU e que são encaminhados para os cuidados e orientação do profissional fonoaudiólogo. Todos já estavam com consulta agendada para avaliação e gerenciamento da deglutição.
A Telefonoaudiologia foi recomendada pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, com base em normas legais que tratam do assunto para a área, com o objetivo de garantir o atendimento aos pacientes durante a pandemia do coronavírus, de acordo com a fonoaudióloga Daniela Vicco, que está à frente dos trabalhos. “Os pacientes precisavam ser assistidos e manter o acompanhamento fonoaudiológico para minimizar os riscos de broncoaspiração”, explicou Daniela.
Segundo ela, o próximo passo foi entrar em contato por telefone com os pacientes que já estavam com consultas agendadas e com os que tiveram alta hospitalar. “Alguns aprovam a ideia e outros preferem aguardar o reagendamento para fazer a consulta presencial”, explicou.
Os pacientes ou familiares que aprovam o atendimento à distância são conectados à fonoaudióloga por meio de um aplicativo em videochamada. “Ali, é realizado monitoramento dos sinais e sintomas da deglutição e das alterações vocais, orientações de cuidados com a voz e de segurança da deglutição, esclarecimento de dúvidas e estratégias para prevenção. O retorno é agendado mas ainda não sabemos se será presencial ou virtual, dependendo do andamento da pandemia”, explicou.
Para ela, o resultado dos teleatendimentos está sendo positivo, com uma boa aceitação por parte dos pacientes e familiares. “É um ganho para muitos pacientes que necessitam desse suporte nesse período de isolamento social. Sabemos que é uma solução temporária para esta crise, e mesmo que se torne uma tendência no futuro, a consulta presencial é essencial, principalmente para uma avaliação precisa da deglutição”, disse Daniela.
Atuação da Rede Ebserh
Além do apoio ao ensino, formação e capacitação das equipes assistenciais, a Rede Ebserh implementou o Comitê de Operações Especiais (COE) para definir estratégias e ações em nível nacional para o enfrentamento da pandemia. Desde os primeiros anúncios sobre a Covid-19, a Rede Ebserh tem trabalhado em parceria direta com os ministérios da Saúde e da Educação, com participação nos COEs desses órgãos, e tendo como diretrizes o monitoramento da situação no país e em suas 40 unidades hospitalares.
Tem atuado na realização de treinamento de funcionários da Rede, promoção de webaulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas. Promoveu processos seletivos emergenciais com a possibilidade de contratação de aproximadamente 6 mil profissionais temporários para o enfrentamento da pandemia
Também disponibilizou R$ 274 milhões para ações contra o coronavírus, recursos do Ministério da Educação (MEC) liberados pela Ebserh de acordo com a necessidade e urgência de cada unidade hospitalar. A verba está sendo utilizada em adequação da infraestrutura, aquisição e manutenção de equipamentos, compra de medicamentos e outros insumos, além de equipamentos de proteção individual.
Em algumas regiões, as unidades da Rede Ebserh têm atuado como hospitais de referência ao enfrentamento do Covid-19, enquanto que em outras, atuam como retaguarda em atendimentos assistenciais para a população, por meio do Sistema Único de Saúde.
Com informações do HU-UFSC/Ebserh