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Outubro Rosa
Hospitais da Rede Ebserh destacam importância a prevenção ao câncer de mama
Apesar a alta mortalidade, o câncer de mama é tratável se identificado precocemente
Brasília (DF) - Contente com a notícia de que se tornaria avó, Maria não escondia a ansiedade em saber como seria o rostinho de seu neto. Poucas semanas mais tarde, a ansiedade tomou conta de Maria. Ela, enfermeira, sentiu um incomodo na mama. Havia uma área mais sensível e avermelhada e, ao passar por exames, acabou descobrindo que agora fazia parte das estatísticas de mulheres com câncer de mama no Brasil.
Ainda considerado tema de difícil abordagem, a doença pode ser percebida em fases iniciais e, na maioria dos casos, por meio de sinais e sintomas que devem ser investigados por um médico especialista. Ele é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma.
A campanha
O Outubro Rosa é um movimento criado na década de 90 que visa fortalecer a importância do diagnóstico precoce através de campanhas de conscientização, estimulando a própria população e entidades na luta contra a doença. Assim, durante o mês de outubro, órgãos de saúde buscam compartilhar informações e proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento, contribuindo para a redução da grande taxa de mortalidade no Brasil.
Thaís Rezende Mendes, enfermeira do Serviço de Oncologia do HC-UFU/Ebserh/MEC, enfatiza a importância de a mulher conhecer o próprio corpo. “Recomenda-se o autoconhecimento: a mulher deve se apalpar, sim, mas em situações corriqueiras do dia, como no banho e ao acordar. Não existe uma técnica. O que existe é a necessidade de conhecer o corpo e conseguir identificar se algo está diferente do habitual”, esclarece.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 8.250 mulheres sejam acometidas por ano pela doença e, para 2022, a estimativa é que 66.280 mulheres terão câncer de mama: Uma a cada 2.200 mulheres
Tanto a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) quanto o Ministério da Saúde indicam que, a partir dos 40 anos, todas as mulheres devem realizar os exames clínicos anualmente para avaliação diagnóstica. “O toque é importante para se conhecer, mas nem sempre é possível identificar tumores menores ou mais internos, o que justifica a necessidade de um exame mais completo”, explica Thaís.
“Sabe-se que o cuidado com a saúde deve ocupar sempre um espaço em nosso dia e não apenas um período do ano. Porém, ações intensificadas são importantes para motivar e incentivar as mulheres a estarem atentas para os sinais do corpo, como por exemplo realizando com o autoexame das mamas e a com busca precoce ao serviço de saúde”, disse a Chefe da Unidade de Atenção à Saúde da Mulher do HUAC-UFCG/Ebserh, Sandra Karina Rolim.
Mortalidade alta
A taxa de mortalidade ajustada pela população mundial foi de aproximadamente 27% do total de óbitos a 100.000 mulheres representando uma taxa de incidência de 43,74% casos. “Aqui no HULW-UFPB/Ebserh/MEC, o objetivo da campanha é conscientizar pacientes, profissionais, estudantes e professores que atuam no hospital sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento do câncer de mama, bem como da reconstrução da mama e dos cuidados com as pacientes em quimioterapia. A ideia é falar também sobre os direitos da mulher acometida com câncer de mama”, disse Hemmily Nóbrega, enfermeira do Ambulatório de Ginecologia e Mastologia do HULW.
“Meu medo era não conhecer meu neto”, relembra Maria. Mas, felizmente, seu medo não se concretizou e, embora seja difícil falar sobre o câncer, a história dela serve como exemplo de superação de uma doença que acomete tantas mulheres. Sempre acompanhada por seu marido e pelos filhos, a enfermeira realizou o tratamento, curou-se e hoje aproveita os bons momentos com sua família.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh