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Nutricionista dá dicas sobre como enfrentar risco maior de obesidade durante a pandemia
Florianópolis (SC) – O consumo de alimentos ultraprocessados e a falta de exercícios físicos provocados pela pandemia e o isolamento têm uma relação direta com as queixas frequentes de ganho de peso nesta fase, comenta Janine Puinelli, nutricionista residente do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), filiado à Rede Ebserh.
“Muitas pessoas já afirmaram ou ouviram alguém afirmar que ganhou peso nesta quarentena. Isso é um quadro esperado, considerando a situação de ansiedade, durante o período de isolamento”, afirma a nutricionista ao relacionar o aumento de peso com o período da pandemia.
No Brasil, cerca de 55% da população adulta está com excesso de peso e quase 20% está obesa, podendo esses números serem maiores por conta da pandemia, quando as pessoas se isolam e, param de se exercitar e escolhem alimentos gordurosos com mais frequência.
Segundo Janine, o confinamento em casa, a falta de atividade física, a ansiedade e a ociosidade podem fazer com que haja um aumento do consumo alimentar habitual, principalmente de alimentos ultraprocessados, aqueles ricos em açúcar, gordura, sal e aditivos químicos, que amenizam os sintomas de ansiedade, aumentando o nível de hormônios do prazer, como serotonina e dopamina no corpo.
Uma das soluções para lidar com esse quadro é identificar sinais do corpo e aprender a diferenciar a fome física da emocional, sendo a fome emocional aquela que seleciona um alimento específico para saciar um sentimento, onde a pessoa come por estar triste ou feliz, por exemplo.
“Além disso, é importante buscar se movimentar mais, mesmo que dentro de casa, e basear a alimentação, quando possível, em alimentos in natura e minimamente processados, aqueles que vêm diretamente da natureza ou passam apenas por um processamento dentro da indústria: frutas, verduras, arroz, feijão”, sugere a profissional, que encerra com uma mensagem de otimismo: “Aos poucos, vamos voltando a uma rotina de estilo de vida mais saudável”, completa Janine.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.
Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede de Hospitais Universitários Federais atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Com informações do HU-UFSC/Ebserh