Notícias
SAÚDE RESPIRATÓRIA
No Dia Nacional de Controle da Asma, especialistas da Rede Ebserh esclarecem sobre a doença
Asma é uma doença inflamatória que afeta as vias aéreas, mais especificamente os brônquios, que são os “canos” que levam o ar aos pulmões
Brasília (DF) – Dificuldade para respirar e chiado nos pulmões podem sinalizar a presença do problema respiratório que, segundo o Ministério da Saúde, é um dos mais presentes na população brasileira: a asma. Neste dia 21 de junho, data instituída para conscientização sobre o controle da doença, especialistas vinculados aos hospitais da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) esclarecem sobre as causas, diagnóstico e tratamento.
Segundo o pneumologista João Batista Filho, do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), a asma é uma doença inflamatória que afeta as vias aéreas, mais especificamente os brônquios, que são os “canos” que levam o ar aos pulmões. “A asma é o aumento da inflamação desse canal, dificultando a passagem de ar”, explica. A doença tem uma prevalência maior na infância, até por volta dos 12 anos, conforme ressalta o médico, geralmente apresentando uma melhora dos sintomas, mas com chances de voltar em qualquer idade da vida adulta. Segundo o especialista, a asma pode ter natureza alérgica (provocada por agentes externos ambientais) ou não alérgica, mas há uma predisposição genética nos dois casos.
Identificação de uma crise asmática
A exposição a poeira, pólen, mofo, poluição do ar, fumaça de cigarro e cheiros fortes (de produtos de limpeza e perfume, por exemplo), são fatores que podem desencadear uma crise asmática, esclarece a médica pneumologista Rebecca Stival, do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. (HU-Furg). Os sintomas, além da dificuldade para respirar, podem se apresentar como uma sensação de opressão no peito, coriza nasal, espirros e tosse seca. Nem todos aparecem de forma simultânea, por isso a importância de buscar auxílio especializado para identificação.O diagnóstico é feito por meio da entrevista médica (anamnese) para averiguar detalhadamente os sintomas, o histórico pessoal e familiar da asma, e os fatores que possam piorar a condição do paciente. Durante a avaliação, é feito um exame que demonstra a variabilidade de fluxo de ar nas vias aéreas, chamado espirometria ( foto ao lado ).
Qualidade de vida
O paciente asmático pode e deve ter uma qualidade de vida durante suas atividades diárias. O primeiro passo, conforme ressalta o médico alergista e imunologista, Iramirton Moreira, chefe da Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (Hupaa-Ufal), é melhorar o ambiente, mantendo-o limpo e arejado.
Outro detalhe, é que “a maioria das pessoas pensam no estereótipo extremo da asma, com a falta de ar constante. Os sintomas, mesmo nas formas mais brandas, já podem sinalizar a doença e precisam ser investigados”, destaca o médico. Na maioria dos casos, corticoides inalatórios são os medicamentos recomendados pelos especialistas para desinflamar as paredes dos brônquios. Estes devem ser utilizados apenas com recomendação do médico, que fará o diagnóstico correto do paciente, alerta Iramirton.O especialista informa, ainda, que é preciso romper com a crença de que um paciente asmático não pode realizar exercícios físicos. É possível se exercitar com segurança e conforto respiratório, desde que haja o acompanhamento médico para controle dos sintomas, garantindo o bem-estar da pessoa que tem asma.
Garantia de tratamento pelo SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante o tratamento da pessoa asmática desde a atenção primária nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em casos graves, é feito o encaminhamento para atendimento nos hospitais da rede Ebserh. No HU-UFMA, funciona o Ambulatório de Asma Grave e Difícil Controle, direcionado aos casos mais severos da doença. O HU-Furg possui atendimento especializado em asma pelo serviço de Pneumologia. E no Hupaa-Ufal, os Ambulatórios de Pneumologia, e o de Alergia e Imunologia Clínica também atendem pacientes asmáticos.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Marília Rêgo, com revisão de Danielle Morais
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh