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TRATAMENTO
No Dia Mundial sem Tabaco, confira dicas de especialistas da Ebserh sobre como parar de fumar
O Dia Mundial sem Tabaco visa alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo
Brasília (DF) - Estudiosos têm se dedicado a entender a motivação para mudar comportamentos, e vários fatores contribuem para a decisão de abandonar o vício, como o conhecimento dos males do tabaco, os benefícios de parar de fumar, fatores sociais, culturais e religiosos. É uma decisão solitária, mas que conta com tratamentos, terapias e uma rede de apoio fundamentais para garantir a mudança que possibilitará uma vida mais saudável.
“Algumas pessoas permanecem indecisas sobre parar ou não de fumar, ou até mesmo negar que haja danos ou riscos à saúde. Esse estado pode ser mudado com maior ou menor dificuldade, conforme cada caso”, esclarece o psiquiatra do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (CH-UFC), Paulo Rodrigues Nunes Neto.
O especialista destaca que: “problemas de saúde ou perdas de pessoas próximas podem despertar emoções mais fortes e reflexões. Isso pode acelerar a tomada de decisão de tentar parar de fumar. Infelizmente, há pessoas que, mesmo diante de situações extremas de saúde, continuam fumando”. Abandonar o cigarro pode ser mais difícil para quem fuma há anos, pois o hábito de fumar é reforçado de forma biológica e comportamental ao longo do tempo. O indivíduo pode usar o cigarro não apenas por prazer, mas também para evitar sintomas desconfortáveis de quando está sem fumar.
O cigarro, igualmente, pode ser usado como uma forma de lidar com emoções no cotidiano. Como resultado, a memória associada ao ato de fumar é consolidada. Para superar essa dependência, é importante ajuda profissional especializada. “Parar de fumar é uma decisão pessoal, portanto é um requisito tomar essa decisão e buscar ajuda profissional se necessário”, completa Paulo.
Alguns fumantes conseguem por conta própria. Outros podem recorrer a programas de tratamento nos sistemas público ou privado de saúde. É importante ter acesso a informações de qualidade para apoiar a cessação, e fundamental colocar as estratégias em prática e evitar adiamentos. Mudanças no estilo de vida, como evitar ambientes com fumantes, praticar exercícios físicos, mudar hábitos associados ao fumo e encontrar fontes alternativas de prazer ou alívio do estresse também são úteis. Alguns fumantes podem precisar medicamentos prescritos por médicos. É importante lembrar que os sintomas desagradáveis durante o processo de cessação são temporários e que o apoio é fundamental para o sucesso.
Onde procurar ajuda?
Em Rio Grande (RS), o Serviço de Pneumologia do HU-Furg mantém um programa de cessação do tabagismo. São realizadas consultas individuais de avaliação e acompanhamento, além de reuniões semanais. A terapia cognitivo-comportamental permeia toda a assistência ao fumante e, conforme a individualidade, é fornecido tratamento com medicações.
Em Campo Grande (MS), o Humap-UFMS possui uma equipe de pneumologistas que realiza o atendimento a toda a população do estado. O atendimento é realizado no Ambulatório Geral e, após a triagem, é encaminhado para seguir o tratamento, incluindo as reuniões semanais dos grupos de apoio.
Já em Fortaleza (CE), há o projeto de extensão “Inspira Ação”, ligado ao Serviço de Psiquiatria do HUWC. Ele Funciona desde maio/2015 e conta com atendimentos médicos e terapia de grupo de apoio. Os pacientes são encaminhados de outros ambulatórios do CH-UFC; pelo sistema de regulação local; e a partir de recrutamento específico para pesquisas do projeto. O telefone para contato com o Serviço de Psiquiatria é (85) 3366.8149. No Youtube, o canal “ Inspira Ação na Rede ” é aberto à população em geral.
Vale lembrar que o tratamento especializado é a principal ferramenta para parar de fumar. Portanto, não hesite em buscar ajuda médica.
Para saber mais sobre os riscos e malefícios do tabaco, clique aqui .
Sobre a Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Andréia Pires, com revisão de Luna Normand
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh