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3 de março
No Dia Mundial da Audição, conheça os problemas que podem ser diagnosticados nos ouvidos
Qualquer alteração no ouvido pode dificultar a audição ou provocar problemas auditivos e de estabilidade
Fortaleza (CE) – Nesta quinta-feira, dia 3 de março, é comemorado o Dia Mundial da Audição, data que reforça a atenção aos ouvidos, órgão responsável pelo sentido do ouvir e pelo equilíbrio do corpo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou no Relatório Mundial da Audição, em 2021, que uma em cada quatro pessoas em todo o mundo terá algum tipo de perda auditiva até 2050.
O ouvido é um sistema ósseo, composto por canais onde existem líquidos que estimulam as células sensoriais do equilíbrio e da audição. Segundo Sandro Coelho, otorrinolaringologista do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, qualquer alteração nesse processo pode dificultar a audição ou provocar problemas auditivos e de estabilidade. O acúmulo de cera pode, por exemplo, bloquear a passagem do som ou alguma inflamação comprometer a percepção sonora.
Existem ainda outros tipos de ocorrências. Há situações em que a pessoa estava ouvindo normalmente e, de um momento a outro, passou a não escutar ou a ouvir pouco. Nesses casos, há uma perda auditiva sem motivo aparente, sendo necessária a investigação médica. As principais causas dessa perda repentina, conforme esclarece o médico, têm origem autoimune ou podem ser resultado de alguma lesão vascular e até de infecções virais e bacterianas. As lesões que atingem as células sensoriais ou o nervo auditivo costumam ser definitivas. O exame mais comum a ser feito para avaliar as condições da audição é a audiometria, teste que verifica se o paciente ouve no volume normal e, quando não, detecta as características dessa alteração: se é na frequência aguda, grave ou se é neurossensorial, por exemplo.
Em outras ocasiões, alguns sintomas sentidos no ouvido, como dor ou sensação de tapamento, podem não estar associados diretamente à audição. Existem problemas que repercutem no ouvido, mas são provocados pela ATM (Disfunção da Articulação Temporomandibular, responsável pelo movimento de abertura e fechamento da boca), tensões nos músculos da face e bruxismo (ranger os dentes). Por isso, o atendimento médico especializado é essencial. Nesses casos, além do otorrino, o acompanhamento multiprofissional com dentista e fisioterapeutas pode ser necessário.
Como cuidar bem dos ouvidos?
Cuidar bem da audição envolve manter hábitos de vida saudáveis quanto a alimentação e exercícios físicos, que garantem o bem-estar geral do corpo, mas principalmente evitar ambientes com ruídos altos e com um tempo de exposição prolongada. Para profissionais que estão expostos a grande poluição sonora, é preciso utilizar protetor auditivo.
O cuidado com a audição já começa no nascimento. É de extrema importância que o bebê seja avaliado no teste da orelhinha, também chamado de triagem auditiva neonatal. Esse exame é previsto por Lei Federal e ofertado de forma gratuita e obrigatória nos hospitais para verificação da existência de algum problema auditivo em todos os recém-nascidos, sobretudo os que fazem parte do grupo de risco de problemas auditivos: prematuros, existência de familiares com surdez ou gestação em que a mãe teve alguma doença infecciosa, como rubéola, toxoplasmose e sífilis.
Importante ressaltar que a perda auditiva pode surgir durante o crescimento da criança. Os pais devem estar atentos para, a qualquer sinal, buscar ajuda médica. Os problemas auditivos infantis não tratados podem provocar atraso na aquisição da linguagem, repercutindo em seu rendimento escolar e nas relações sociais.
O Hospital Universitário Walter Cantídio, do Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh, faz parte da Rede Ebserh desde novembro de 2013. Saiba mais sobre a Rede Ebserh . Saiba mais sobre tratamentos e reabilitação auditiva .
Com informações do CH-UFC/Ebserh