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SEMANA DA ENFERMAGEM
No dia dedicado a eles, profissionais de Enfermagem ressaltam a importância de focar no paciente
BRASÍLIA (DF) - Se você perguntar a dez profissionais da Enfermagem qual é a principal motivação para a escolha da carreira, provavelmente os dez apontarão razões focadas no paciente: Cuidar, estar junto, atender às necessidades e expectativas, diminuir o sofrimento, ajudar na reabilitação. Estes são alguns pontos apontados por enfermeiros e enfermeiras por ocasião do Dia do Enfermeiro e Dia Internacional da Enfermagem, 12 de maio.
Os exemplos são listados por Elisa, Bárbara e Ricardo, três dos milhares de enfermeiros e enfermeiras que atuam nos 41 hospitais universitários federais vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) nas cinco Regiões do Brasil e que atuam na assistência, no ensino, na pesquisa, na inovação e na gestão.Da terra da pioneira da enfermagem no Brasil, Ana Néri (ou Anna Nery), a baiana Elisa Ribeiro, formada há 32 anos, dos quais 28 são dedicados ao Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA), fala da importância do 12 de maio, em que são lembrados os grandes ícones de profissionais de Enfermagem.
“Ana Néri é um desses ícones, assim como Florence Nightingale. Mulheres que enfrentaram uma guerra e assistiram soldados. São inspiradoras, como inúmeros enfermeiros e enfermeiras que, além do seu ofício, lutam pelo reconhecimento da profissão e melhores condições de trabalho”, destaca Elisa, lotada na Unidade de Gestão de Riscos Assistenciais.
Gostar do que faz é fundamental
Há sete anos, a rotina da goiana Bárbara Andrade é o cuidado com os bebês prematuros da UTI Neonatal do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), onde afirma que aprende com seus pacientes. “Com a experiência, a gente passa a entender o que eles querem nos passar naquela rotina de cuidado, mesmo tão pequeninos e sem falar. É muito gratificante ver um bebê que nasceu prematuro e com menos de um quilo evoluir até receber a alta e sair do hospital com três quilos e saudável”, ressume Bárbara.
Filha de enfermeira, Bárbara Andrade aprendeu a gostar do ofício desde pequena e diz que é fundamental gostar do que faz. “Meus plantões, por exemplo, são de 12 horas, mas são muito gratificantes e felizes graças ao cuidado que a nossa equipe tem com os bebês desde a sala de parto até a alta hospitalar. É uma experiência maravilhosa”, completa a profissional.
Ampla gama de atuação
A transversalidade da profissão é um ponto destacado pelo experiente paranaense Ricardo Soletti, hoje no Hospital Universitário da Federal do Amapá (HU-Unifap). Ele já esteve lotado na administração Central da Ebserh e no Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB), pelo qual ingressou na estatal, em 2019, após ter atuado com saúde indígena no Mato Grosso e com saúde da criança no Ministério da Saúde.
“A enfermagem é um campo muito amplo. O profissional pode atuar na assistência, no planejamento, na gestão, no ensino. Não conheci ainda o lado ruim na profissão, tudo foi maravilhoso até agora. Assim como é muito rico de experiências o nosso Sistema Único de Saúde (SUS), com toda a sua abrangência e protocolos”, destaca Ricardo, enfermeiro há 29 anos e que atua na implantação do HU-Unifap, aberto em setembro passado.
Pandemia foi o grande desafio
Eles também destacaram a pandemia de Covid-19 como um momento desafiador não só para os enfermeiros, mas para todos os profissionais da saúde e para toda a humanidade. “Indescritível a tristeza que se abateu sobre nós da área de saúde; estávamos cheios de dúvidas no cuidar e incertezas na sobrevivência. Lembro como se os dias fossem bem nublados, chuvosos e sombrios. Esperamos não passar mais por um período igual”, afirma Elisa Ribeiro.
Ricardo ressalta o papel que a Ebserh teve durante a pandemia. “Estava atuando na Sede e vi todo o esforço que foi feito para que os nossos hospitais universitários abrissem leitos e redimensionassem as equipes dando uma grande contribuição no combate à pandemia”, relembra.
A rede Ebserh conta com quase 30 mil profissionais de Enfermagem, que representam cerca de 50% da força de trabalho dos hospitais da rede. Eles estão em todas as frentes, inclusive ocupando cargos de gestão nos hospitais da Ebserh. Três superintendências, por exemplo, têm enfermeiras no comando: Maria Claudia Costa, do Hospital Universitário Ana Bezerra da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huab-UFRN); Joyce Lages, do Hospital Universitário da Federal do Maranhão (HU-UFMA) e Sinaide Coelho, da Maternidade Climério de Oliveira da Universidade Federal da Bahia (MCO-UFBA).
Mais sobre a data
O 12 de maio foi escolhido como homenagem à inglesa Florence Nightingale, considerada a precursora da enfermagem moderna. No Brasil, a data foi instituída pelo Decreto nº 2.956, de 10 de agosto de 1938. E, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, em homenagem, respectivamente ao nascimento de Nightingale e ao falecimento de Anna Justina Ferreira Nery, a pioneira brasileira da profissão, que se alistou voluntariamente nos combates da Guerra do Paraguai (1864-1870).Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Coordenadoria de Comunmicação Social da Rede Ebserh
Por Moisés de Holanda, com revisão de Sinval Paulino