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Um ano de combate à pandemia
Mais de 10 mil pacientes com quadro suspeito ou confirmado de Covid-19 já foram curados nos hospitais da Rede Ebserh/MEC
Atendimentos se devem a investimentos da Rede Ebserh/MEC em equipamentos, infraestrutura e, principalmente, profissionais de saúde
Brasília (DF) – Na Rede Ebserh/MEC, estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a cura de uma pessoa é comemorada como deve ser: uma vitória da vida. Em um ano de combate à pandemia, já são mais de 10 mil vidas salvas. O importante marco foi possível graças a ações da instituição com o objetivo de disponibilizar leitos exclusivos para pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19. Em abril de 2020, quando começou o monitoramento desses leitos na Rede Ebserh/MEC, foram disponibilizadas 944 vagas de enfermaria e 517 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Hoje, um ano depois, já são 1.283 de enfermaria e 783 de UTI, uma ampliação de 605 leitos, o que representa um aumento de mais de 40%.
Para o presidente da estatal, Oswaldo Ferreira, a pandemia trouxe diversos desafios, não apenas para a sociedade, mas também para o setor público, com a necessidade de incrementos no número de leitos dedicados ao tratamento de Covid-19. “Não nos furtamos ao nosso papel de ajudar em um momento tão delicado para todos. Ampliamos leitos exclusivos para o combate à pandemia enquanto mantivemos importantes atividades educacionais, próprias de hospitais de ensino. Não medimos esforços para salvar vidas”, afirmou o gestor.
O paulistano Lindomar Fernandes, de 55 anos, foi uma das pessoas beneficiadas pelo atendimento de excelência de um dos 40 hospitais universitários federais da Rede Ebserh/MEC. Morando em Manaus com a esposa e as duas filhas, o proprietário de um estúdio de tatuagens na capital amazonense se contaminou com o coronavírus e teve de ser transferido para o Hospital Universitário de São Luís do Maranhão, vinculado à Rede Ebserh/MEC (HU-UFMA/Ebserh/MEC). Segundo ele, a chegada ao hospital foi muito emocionante. “Enfermeiras com placas de boas-vindas cantando hinos de louvores e o carinho do primeiro contato. Tudo isso me trouxe muita paz e conforto”, conta.
A preocupação e o medo foram os dois sentimentos que Lindomar Fernandes conta que mais sentiu enquanto estava internado. Ele deu entrada no hospital da Rede Ebserh/MEC no dia 15 de janeiro, com 58% dos pulmões comprometidos. no dia 27 do mesmo mês recebeu alta, totalizando 12 dias de internação. Antes de ser transferido, esteve internado por cinco dias em um hospital de Manaus que não faz parte da Rede Ebserh/MEC. “Fiquei sentado em uma cadeira, sem oxigênio e presenciando outros pacientes entrarem em óbito. Me trouxe muito medo, chorei muito. Mas a partir do momento que consegui minha transferência, vi uma nova oportunidade de vida”, comenta.
Dedicação
Mais importante do que os investimentos da Rede Ebserh/MEC na aquisição de equipamentos, adaptações e ampliações na infraestrutura dos hospitais, compra de insumos médico-hospitalares e de medicamentos, são as pessoas. Os profissionais de saúde têm se dedicado para que o melhor cenário possa ocorrer diante de tantas dificuldades. É o caso de Jackelyne Vilela, enfermeira há mais de cinco anos no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh/MEC), em Campo Grande (MS), que multiplicou seu empenho para atuar na linha de frente de combate à pandemia ao mesmo tempo em que cumpre com amor seu papel de mãe de uma adolescente de 13 anos. “Minha família tem um papel fundamental neste momento, pois mesmo ficando tanto tempo fora, eles compreendem, me dão forças e me motivam a vencer dia após dia”, conta a enfermeira.
Jaqueline reforça a importância da empatia e amor ao próximo. “É o que tem nos movido nesse momento. O cuidado dado aos nossos pacientes e o vínculo estabelecido entre equipe e paciente é realmente muito forte. Eu e meus colegas costumamos usar a frase ‘mais um dia, menos um dia’. Mais um dia que a gente passou, que a gente venceu. E menos um dia que falta para tudo isso acabar”, explica.
A humanização no atendimento faz parte do dia a dia desses profissionais. São ações que podem mudar completamente o prognóstico de um paciente, como conta Lindomar Fernandes, o paciente de Manaus citado lá no início dessa matéria. “Apesar do medo da contaminação da minha família e da saudade, me senti seguro com o tratamento. Os médicos faziam diariamente chamadas de vídeo para minha família. Isso trouxe muita segurança e tranquilidade: saber que não estava sozinho, mesmo que tão distante”, disse.
No último dia de internação, os assistentes sociais do HU-UFMA/Ebserh/MEC levaram Lindomar e outros pacientes a um passeio terapêutico pela cidade, visitando a orla, os prédios históricos, igrejas, pontos turísticos, sempre com segurança, zelo e atenção para não haver riscos de contaminação. “Isso foi muito importante, pois hoje trago um pedacinho do Maranhão comigo”, disse Lindomar.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh/MEC