Séries Especiais
ESPECIAL DIA DAS MÃES
Loiani, maternidade com decisão
Nada pode parar o amor de uma mãe. Existe uma força capaz de proteger e enfrentar o que for preciso por seu filho. Essa força é a própria Loiani Miranda, de 52 anos, mãe de Renato. O menino está completando 11 anos exatamente neste dia 13 de maio. Esse não foi o dia que ela o conheceu, mas o nascimento dele fez nascer também a maternidade de Loiani.
Renato veio ao mundo em 2012. Foi abandonado na maternidade em que nasceu, passando a ser responsabilidade do Estado do Pará. A criança sofreu paralisia cerebral relacionada à microcefalia, e era prematura de uma gestação que se estima ter sido de seis meses e meio. Ele foi levado a um abrigo para ser cuidado, mas teve uma piora na saúde provocada por uma pneumonia, por isso precisou ser internado no Hospital João de Barros Barreto (HJBB), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Pará (CH-UFPA/Ebserh), local onde Loiani trabalha. Neste momento, tudo mudou na vida dos dois: “Foi o nosso encontro”. O encontro entre mãe e filho.
Providencialmente, Loiani que, na época, era enfermeira na Clínica Médica, foi direcionada a compor a equipe da Unidade de Pediatria, por ocasião de substituição de outra profissional que estava em período de licença maternidade. Foram cinco meses cuidando de Renato na internação. O cuidado materno. Em outubro de 2012, quando o bebê recebeu alta, precisou retornar ao abrigo. Foi, então, que ela e o esposo começaram a luta pela adoção. Em um processo longo, desgastante, mas que jamais desanimou a mãe.
Loiani precisou esperar que ele completasse um ano porque era o prazo mínimo determinado para que o processo legal pudesse ser feito. Ela entendia que era preciso, mas o coração não conseguia se acostumar com a saudade. Como pedir que uma mãe espere para ter seu filho em casa? Visitou-o durante todo esse tempo aos fins de semana. “Meu filho está no abrigo, quando poderei levá-lo para casa? ” foi a pergunta repetida por meses.
10 de julho de 2013 foi o grande dia. A mãe pôde levar o filho para casa. O processo estava, finalmente, concluído. Em festa, familiares e vizinhos compartilharam a felicidade pela chegada de Renato: “O dia que ele veio para casa foi como um feriado”. É bem verdade que, desde essa data, a alegria tomou conta dos dias de Loiani. O quartinho já estava pronto esperando por ele. A mãe já estava pronta desde a primeira vez que o viu no Hospital. “Renato é tudo que eu podia imaginar em um filho e eu não consigo imaginar a vida sem ele. Quando você se torna mãe ou pai, tudo é pelo filho. Eu sempre ouvia isso. E realmente é assim. Não dá para pensar a minha vida sem ele”. E nunca mais tiveram que estar separados. São um para o outro a escolha de uma vida inteira.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh
Por Marília Rêgo, com revisão de Danielle Campos