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SÉRIE PACIENTE SEGURO
Limpeza de ambientes e equipamentos reforçam segurança microbiológica nos Hospitais Ebserh
Limpeza de ambientes e equipamentos nos Hospitais Ebserh seguem rígidos padrões de qualidade.
Nesta matéria, você verá:
Limpeza é saúde e segurança no ambiente hospitalar.
Higienização de equipamentos segue padronização para garantia do controle de desinfecção.
Visitas Temáticas na Rede promovem educação em saúde.
Brasília (DF) – Num cenário tão vital quanto sensível como o ambiente hospitalar, a harmonia entre diferentes setores torna-se crucial para o bom funcionamento. Reconhecendo essa necessidade premente, o Serviço de Gestão da Qualidade da Diretoria de Atenção à Saúde aliou-se ao Serviço de Hotelaria Hospitalar da Diretoria de Administração e Infraestrutura da Rede Ebserh no “Abril pela Segurança do Paciente”. A união dessas áreas resultou em uma iniciativa robusta voltada para intensificar a limpeza de superfícies, mobiliário utilizado pelos pacientes e equipamentos em todos os hospitais Ebserh.
Manter o ambiente limpo, especialmente o hospitalar, é uma das medidas para maior segurança, tanto dos trabalhadores quanto dos pacientes, e, embora a gestão dos contratos de limpeza esteja sob a responsabilidade dos Setores de Hotelaria Hospitalar (STHH), é inegável o impacto direto que o trabalho desses profissionais tem na prevenção e controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Nesse sentido, a colaboração estreita e cotidiana entre os STHH e os Setores de Gestão da Qualidade (STGQ) emerge como um elemento-chave para garantir padrões adequados de limpeza e desinfecção.
A Rede de 41 Hospitais vinculados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) segue protocolos consistentes para a higienização dos espaços e dos equipamentos utilizados nos atendimentos, além de estimular as rondas de verificação do cumprimento correto dessa prática. As instituições estão mobilizadas para trazer educação em saúde, tendo realizado visitas às suas unidades assistenciais para sensibilização sobre o tema.
Limpeza é saúde e segurança no ambiente hospitalar.
Conforme explica Celina Dias, chefe do Setor de Gestão da Qualidade do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-Ufal), “os procedimentos respeitam os protocolos institucionais para controle de infecções”. Como o ambiente de um Hospital tem maior propensão de circulação de vírus, bactérias, fungos, protozoários e parasitas, a higienização é um item fundamental de proteção, que inclui cada parte da instituição, como, por exemplo, enxovais (lençóis, fronhas, toalhas, roupas cirúrgicas), janelas, paredes, portas, maçanetas, bebedouros, além de banheiros, salas e demais ambientes.
Joyce Gomes, chefe da Unidade de Vigilância em Saúde (UVS) do HUPAA-Ufal, complementa afirmando que “são realizadas, constantemente, visitas para avaliação de como está sendo feita a limpeza de cada local, que deve respeitar os padrões estabelecidos”.
Higienização de equipamentos segue padronização para garantia do controle de desinfecção
O Procedimento Operacional Padrão (POP), documento que regulamenta a conduta de limpeza do Hospital, foi, inclusive, revisado em 2023 para garantir a padronização dos processos, explica Marcos Antônio da Conceição, chefe do Setor de Hotelaria Hospitalar (STHH) do HUPAA-Ufal. Neste texto, estão descritas as frequências de asseio dentro das classificações por áreas: “Por exemplo, as áreas críticas são limpas três vezes por dia e sempre que necessário. As áreas semicríticas são limpas duas vezes ao dia, também com intervenções adicionais conforme a necessidade. Isso se estende às áreas não críticas e comuns, garantindo sempre um ambiente seguro para pacientes e profissionais”. O nível de criticidade diz respeito aos riscos maiores ou menores de transmissão de infecções.
Todos os produtos utilizados nas áreas são rigorosamente avaliados e aprovados por serviços competentes, incluindo a UVS, a Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (CCIRAS) e o STHH. Diante da complexidade hospitalar, acontece, ainda, a chamada limpeza terminal, que é a considerada mais completa, feita quando acontece a desocupação do ambiente, seja por alta, transferência ou óbito do paciente, devendo ser limpo todo o mobiliário e os equipamentos que foram utilizados.
Assim como o ambiente, os equipamentos hospitalares precisam de uma atenção especial na higienização. Segundo Carlla Petrônio, chefe do Setor de Gestão da Qualidade do Hospital Universitário Ana Bezerra, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huab-UFRN), esse cuidado garante a redução de matéria orgânica, sujidade, e do número de microrganismos nas superfícies. Essa prática também reduz a ocorrência de infecções cruzadas, transmitidas pelo contato dos profissionais de saúde com os instrumentos ou produtos que, sem a limpeza, poderiam estar contaminados.
Amanda Umbelino, chefe do Setor de Hotelaria Hospitalar do Huab-UFRN, explica que, em geral, a “frequência definida precisa considerar a rotatividade do uso do equipamento, a criticidade do setor e o número de profissionais de enfermagem para a realização da prática”, comenta. Os saneantes mais utilizados em desinfecção de aparelhos são à base de substâncias específicas, como quaternário de amônia 5ª geração, com biguanida ou à base de peróxido de hidrogênio. O uso desses produtos leva em consideração normas da Ebserh que institucionalizam a padronização dos saneantes hospitalares.
Visitas Temáticas na Rede promovem educação em saúde
São realizadas visitas de sensibilização nas unidades assistenciais em todos os Hospitais Ebserh. No Huab, o momento itinerante promovido em abril contou com atividades práticas com as equipes de enfermagem sobre as técnicas de higienização dos equipamentos, com demonstração dos produtos e da correta realização da desinfecção. No HUPAA-Ufal, os locais visitados também receberam instruções e constarão no relatório final para registro e retorno do controle.
Outras ações focadas em práticas que visam garantir a Segurança dos Pacientes, realizadas na Ebserh estão sendo foco desta série de reportagens especiais. Confira os temas já trabalhados anteriormente, clicando abaixo:
- Identificação correta do paciente
- Identificação de almotolias, pomadas e medicamentos multidoses.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Marília Rêgo, com informações de Márcia dal Sasso e edição de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh