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Inédita no mundo, pesquisa do hospital da Rede Ebserh/MEC no Recife mostra eficiência de exame no baço para avaliar pacientes com esquistossomose
Na esquistossomose, os resultados do exame foram melhores no baço do que no fígado para explicar o agravamento da doença
Recife (PE) – O exame de baço, nomeado como Elastografia Esplênica, mostrou-se uma ferramenta confiável e não invasiva para avaliação do estado de saúde de pacientes com a esquistossomose mansônica, conhecida como “barriga-d'água” ou doença do caramujo. Isso foi o que mostrou a pesquisa científica “Avaliação da Morbidade da Esquistossomose Mansoni por Elastografia Hepática e Esplênica”, desenvolvida por profissionais da Rede Ebserh/MEC que atuam no Hospital das Clínicas de Pernambuco, no Recife, em parceria com pesquisadores do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal de Pernambuco. A pesquisa foi publicada no jornal científico Ultrasound in Medicine and Biology
“A elastografia é um exame que surgiu há cerca de 10 anos, sendo mais utilizado para medir a fibrose que ocorre no fígado nas doenças crônicas. Porém, a fibrose característica da esquistossomose, a periportal, não é tão bem mensurada pela elastografia. Mas quando utilizamos essa mesma técnica para examinar o baço, o resultado foi muito bom. Esse é um exame não invasivo e foi o primeiro no mundo feito em pacientes esquistossomóticos”, explica o chefe do Serviço de Hepatologia do hospital, Edmundo Lopes, que é professor da UFPE.
Na esquistossomose, os resultados do exame foram melhores no baço do que no fígado para explicar o agravamento da doença. “O exame é objetivo e confiável ao apresentar um número de forma imediata e simples, diferente da ultrassonografia, que também detecta essa fibrose, mas que exige um operador mais experiente, sendo subjetivo”, relata Edmundo Lopes.
A esquistossomose começa sem sintomas e pode evoluir pata formas clínicas graves (como hipertensão pulmonar e portal, fibrose periportal, barriga-d'água, rutura de varizes do esôfago e fibrose hepática), que podem levar o paciente ao óbito. O contágio acontece por meio de contato com águas contaminadas por larvas, chamadas cercarias.
Sobre a Ebserh
O HC-UFPE faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a estatal foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Vinculados a universidades federais, essas unidades hospitalares possuem características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Com informações do HC-UFPE/Ebserh/MEC