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HUPAA oferece atendimento especializado pelo SUS a pacientes com suspeita de Parkinson
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HUPAA-Ufal oferece atendimento especializado na Doença de Parkinson
Maceió (AL) - Parkinson é uma doença degenerativa que afeta os movimentos, causando rigidez e lentidão. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. No Brasil, são cerca de 200 mil pessoas. Embora ainda sem cura, medicamentos e terapias podem ajudar a lidar com os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Em Maceió, nesta quinta-feira (4), celebra-se o Dia Municipal de Orientação do Parkinsoniano em alusão ao Dia Nacional do Parkinsoniano, comemorado na mesma data. O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-Ufal) oferece atendimento especializado e gratuito pelo SUS.
A instituição possui o único Ambulatório de Distúrbios de Movimento e Doença de Parkinson do estado. São mais de 10 anos de assistência a pacientes encaminhados pelo Pronto!, sistema de marcação de consultas especializadas e exames complementares da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O atendimento acontece todas as sextas-feiras pela manhã.
Conforme explica a neurologista do HUPAA-Ufal, Cícera Pontes, Parkinson é uma doença neurodegenerativa, crônica e sem cura. “É uma doença multifatorial, que envolve interações ambientais e genéticas”, explicou. O principal sintoma é a lentidão dos movimentos, a chamada bradicinesia. Em seguida, podem aparecer rigidez e tremor. Além de afetar a parte motora, ela também causa sintomas não-motores, tais como distúrbios do sono, constipação, perda do olfato e alterações psiquiátricas.
“A lentidão, a rigidez e o tremor fazem com que a doença seja muito complexa para o próprio paciente, familiares e cuidadores. Com a sua evolução, as complicações não-motoras começam a surgir, tais como confusão mental, compulsão e depressão, por exemplo”, disse a neurologista.
A condição ainda não pode ser identificada na sua fase pré-clínica ou pré-motora, já que não há exames específicos para detectar o Parkinson. Por isso mesmo, o diagnóstico segue como um desafio para médicos e pacientes. Atualmente, a neuroimagem funcional – mais precisamente com a cintilografia com Trodat – auxilia na confirmação da doença em casos que geram dúvidas, mas o diagnóstico é essencialmente clínico.
O controle dos sintomas é feito por meio de medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia e exercícios físicos, que melhoram a capacidade funcional. Casos mais avançados podem ser controlados com o implante de marca-passo cerebral, que age sobre áreas do cérebro afetadas pela doença, assim regredindo em até cinco anos o avanço dos sintomas.
Avanço
Para garantir assistência completa a pacientes do HUPAA-Ufal com diagnóstico de Parkinson, a neurologista Cícera Pontes, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, está buscando a criação de uma linha de cuidado para o parkinsoniano. “Neste primeiro momento, queremos saber quem são esses pacientes, onde eles estão, onde eles moram, o que eles fazem, qual a idade, se fazem algum tratamento em algum local específico. O objetivo de criar uma linha de cuidado é oferecer atendimento completo, com consulta, orientação, terapia multidisciplinar, acolhimento, reuniões mensais, encaminhamento para exames laboratoriais. É estruturar uma rede para que o paciente se sinta acolhido”, antecipou.
Conscientização
O dia 11 de abril é considerado o Dia Mundial do Parkinson, mas o tema é amplamente debatido durante todo o mês, o chamado “Mês da Tulipa Vermelha”. A doença foi descrita pela primeira vez pelo médico inglês James Parkinson em 1817. Trata-se da segunda doença neurodegenerativa mais frequente no mundo – atrás apenas do Alzheimer.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA-Ufal) faz parte da Rede Ebserh desde 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Luna Normand, com revisão de Danielle Campos