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INVESTIMENTO
Hospital da Rede Ebserh no Rio de Janeiro (RJ) investiu mais de R$ 10 milhões na renovação de seu parque tecnológico ao longo de 2023
Rio de Janeiro (RJ) - O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio) concluiu um significativo ciclo de investimentos em equipamentos ao longo do ano de 2023, visando aprimorar sua capacidade de atendimento e oferecer serviços de qualidade ainda mais elevados à comunidade. Com um aporte de, aproximadamente, R$ 10,5 milhões, foram adquiridos um total de 95 equipamentos, mobiliários e câmeras de segurança (CFTV), resultado de um planejamento estratégico e colaborativo que priorizou a melhoria contínua no cuidado com os pacientes e na prestação de serviços de saúde.
Essa iniciativa, fundamentada em um diálogo constante e em análises criteriosas, representa um importante marco na modernização e na eficiência operacional da instituição, filiada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). De acordo com o Gerente Administrativo, Vinícius Silva Martins, a compra de equipamentos como angiógrafo e broncoscópio teve como critério um estudo que mostrava que mais da metade do parque tecnológico do HUGG depreciaria em até cinco anos. "Inclusive, alinhado com a sede da Ebserh, foi identificado que o HUGG hoje é um dos hospitais da Rede com mais possibilidades de renovação e atualização", informou, acrescentando que possíveis futuras mudanças de estrutura do hospital foram contempladas durante a racionalização e priorização da tomada de decisão.
Equipamentos têm vida útil estimada tanto pelo seu uso (desgaste natural) quanto pela sua tecnologia e, quando se considera que a maioria do maquinário é eletroeletrônico, essa obsolescência é ainda mais rápida. “Equipamentos médicos, como não têm uma linha de produção grande, sofrem atualizações e mudanças constantes, às vezes sendo descontinuados para novas gerações de equipamentos, fazendo com que você já não tenha como atualizá-los depois de algum tempo”, informou o superintendente, João Marcelo Ramalho Alves, adicionando que, em muitos casos, os custos recorrentes de consertos equivalem, praticamente, à aquisição de um novo aparelho.
A partir da demanda da Superintendência e das gerências, há um ano, foi feito um levantamento das principais necessidades de atualização tecnológica do hospital, de forma a serem evoluídos o posicionamento técnico e de qualidade necessários, conforme informou o chefe do Setor de Engenharia Clínica (STEC), Renan Lombardo Garrido. “Desta forma, com nossa visão e base técnica, buscamos os principais pontos do hospital, focando nas áreas críticas como CTI, Centro Cirúrgico e Radiologia. Identificamos quais seriam os investimentos prioritários para poder atacar as necessidades fundamentais desses setores”, completou.
Desses R$ 10,5 milhões, R$ 7,5 milhões, segundo Vinícius, foram de emendas parlamentares conseguidas pela Superintendência, com apoio estratégico e constante da Assessoria Parlamentar da Ebserh, junto ao Congresso Nacional, por meio de pleiteamento à bancada parlamentar e reuniões que serviram para demonstração da importância da modernização do parque tecnológico do HUGG. “Somos um hospital universitário federal e isso tem um peso. Temos serviços aqui conhecidos por sua excelência, então, isso acaba favorecendo quando você procura parlamentares e propõe projetos para ampliar o espaço físico, o orçamento para determinadas linhas de cuidado e projetos de aquisição de equipamentos”, completou João Marcelo. O restante (aproximadamente três milhões) veio por meio do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla recursos destinados do MEC e repassados pela Ebserh.
Os novos equipamentos foram adquiridos com garantia de três anos, certificando, nesse período, a assistência técnica e a aquisição de peças diretamente do fabricante. De acordo com Renan, paralelamente, a equipe interna elaborou e implementou o plano de manutenção. Renan ressaltou, ainda, que a nova estrutura de engenharia iniciou sua atuação em março de 2023 e que, em setembro, uma equipe de seis técnicos de manutenção foi recebida. "Com esse pouco tempo de trabalho, avaliamos que o resultado foi totalmente positivo. Conseguimos garantir uma disponibilidade acima de 90%, bem como mais que dobramos nossos atendimentos mensais aos setores", afirmou. "Ao longo de 2024, os novos equipamentos irão entrar em funcionamento, gradativamente, e teremos uma grande evolução na qualidade assistencial e no nível tecnológico", concluiu o engenheiro.
Além dos 95 equipamentos, houve, também, compra de mobiliários, contêineres, relógios de ponto, computadores e um investimento realizado na aquisição de um Circuito Fechado de TV (CFTV) que permite captação e retenção de imagens feitas por câmeras digitais através de monitores conectados a uma rede central.
Custeio x investimento
Segundo o superintendente, João Marcelo Ramalho Alves, existia uma situação crônica de insuficiência de recursos de custeio no HUGG, sendo que o contrato anterior com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-RJ, responsável pelos repasses a partir de metas pactuadas) representava apenas a metade do custo do hospital (a unidade gasta, em média, de R$45 a R$50 milhões por ano em custeio), gerando grandes dificuldades para o funcionamento da unidade hospitalar. Tal fato ocasionava que parte dos recursos que seriam destinados a investimentos tivessem de ser substituídos para custeio (despesas correntes que contribuem para manutenção dos serviços públicos).
A renovação foi conseguida em 2023, permitindo um aditivo financeiro do Ministério da Saúde, praticamente dobrando o orçamento anual após muitas tratativas com a gestão local, a administração central da Ebserh, através da Diretoria de Atenção à Saúde - braço importante na atualização dos valores junto aos gestores do SUS -, e a SMS-RJ. De acordo com João Marcelo, a repactuação foi feita a partir de uma metodologia que demonstrava os custos do hospital, unindo a complexidade hospitalar com a oferta de serviços. “E quanto maior a complexidade, maior a remuneração, de acordo com o número de leitos. Como resultado, em agosto do ano passado, passamos a ter um recurso anualizado em torno de 45 milhões de reais”, explicou o gestor.
“Dez milhões de investimento é muito dinheiro, então as pessoas têm um equívoco de achar que determinados equipamentos são caros. Custoso é manter um hospital e é isso que temos de garantir inicialmente. Isso exige uma engenharia financeira, em cima do que você tem de orçamento e do seu custo. Fazemos avalições do impacto financeiro para adquirir novos equipamentos e, a partir do momento em que tivemos a regularidade no custeio, conseguimos ampliar nosso atendimento”, concluiu.
Novas aquisições
Entre os 95 equipamentos médicos, totalizando mais de 8 milhões de reais, estão*:
- Equipamentos de suporte à vida (33 monitores; 16 ventiladores; 15 desfibriladores; 10 eletrocardiógrafos; 3 aparelhos de anestesia) = R$ 3.671.250,00
- Imagens de Radiologia (3 raios-x; 2 arcos cirúrgicos; 3 ultrassonografias) = R$ 3.369.017,36
- Incubadoras Neonatal (5 em uso na UTI Neonatal e Maternidade) = R$ 219.500,00
- Diagnóstico Endoscópico (1 Endoscopia Digestiva e 4 Broncoscopia) = R$ 905.444,30
* O restante, aproximadamente 2,5 milhões foram investidos em mobiliários, CFTV, relógios de ponto; ar-condicionado e computadores
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio) faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2015. Sobre a Ebserh. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Felipe Monteiro, com edição de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh