Galeria de Imagens
Setembro Verde
Hospital da Rede Ebserh no Recife (PE) amplia capacidade de realizar transplantes renais
Recife (PE) – O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, vinculado à Rede Ebserh (HC-UFPE/Ebserh) ampliou a sua capacidade de realizar transplantes renais ao voltar a fazer esses procedimentos com doador falecido. A retomada se deu com duas cirurgias bem-sucedidas ocorridas no início deste mês, marcando o início do Setembro Verde, mês de conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. Participaram do transplante as equipes de Nefrologia, de Cirurgia Vascular e de Cirurgia Urológica do HC.
Desde 2011, o HC não realizava transplante renal com doador falecido. “Nesse período, as cirurgias eram realizadas com doador vivo (intervivos). Agora, com as duas opções, vamos poder atender mais pacientes, tirando-os da hemodiálise e dando mais qualidade de vida, além de capacitar mais as nossas equipes e ensinar os nossos alunos, já que somos um hospital-escola”, destacou a nefrologista e coordenadora de Transplante Renal do HC, Larissa Guedes.
“Com essa modalidade, teremos mais rins disponíveis para o transplante e, assim, o HC, como centro transplantador, ajudará a diminuir a fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo transplante renal”, completou o supervisor da Área Assistencial de Cirurgia Vascular e Angiologia do HC, Esdras Marques.
Como funciona
No caso de doadores falecidos, os rins são retirados após o estabelecimento do diagnóstico de morte encefálica e com a permissão dos familiares – daí a importância de a pessoa manifestar em vida o desejo de doar seus órgãos e tecidos. Vale ressaltar que o diagnóstico de morte encefálica segue padrões rigorosos e objetivos definidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Larissa Guedes explicou que quanto mais rápido for realizado o transplante maior será a chance de sucesso. “O ideal é que seja realizado em até 48 horas após a cirurgia de captação do órgão. As duas cirurgias que realizamos aqui no HC foram realizadas com menos de 24 horas, o que é excelente. Recebemos o comunicado da Central de Transplantes no início da madrugada do domingo e conseguimos mobilizar as nossas equipes para a realização das cirurgias na tarde do domingo”, explicou.
Os rins do doador falecido beneficiaram um homem que aguardava o transplante por oito anos e uma mulher que esperava por 10 meses. De acordo com Larissa, ambos passam bem e apresentam boa recuperação, com a função renal sendo restabelecida. Os critérios de seleção do receptor são objetivos e levam em consideração a compatibilidade com o doador e o tempo de espera em lista.
No caso de rim de doador vivo, qualquer pessoa com bom estado de saúde pode doar – mas, caso não seja parente do receptor, é necessária uma autorização judicial. São feitos vários exames do doador para se certificar que apresenta rins com bom funcionamento, não possui nenhuma doença que possa ser transmitida ao receptor e que o seu risco de realizar a cirurgia para doar o rim seja reduzido. A comercialização de órgãos é proibida.
Com informações do HC-UFPE/Ebserh