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PESQUISA E ASSISTÊNCIA
Hospital da Rede Ebserh no Recife analisa os fatores associados a dores de cabeça intensas na hemodiálise
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Objetivo da pesquisa foi avaliar o comportamento da vasculatura cerebral, comparando pacientes com e sem o distúrbio
Recife (PE) – A frequência com que ocorre a cefaleia da diálise é alta, além de estar associada a uma pior qualidade de vida e a alterações na vasodilatação cerebral. Essas foram as conclusões do estudo "Dialysis headache: characteristics, impact and cerebrovascular evaluation (Cefaleia da diálise: características, impacto e avaliação cerebrovascular)", publicado na Revista Arquivos de Neuropsiquiatria e realizado em pelas áreas assistenciais de Neurologia e Nefrologia do Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A pesquisa já havia recebido o prêmio Wilson Farias da Silva de melhor trabalho em Congresso Brasileiro de Cefaleia.
“Essa dor de cabeça não é muito estudada, então, foi uma pesquisa inédita que fizemos para avaliar como era a dor e como isso impactava no dia a dia dos pacientes” explica um dos autores do artigo, o médico neurologista do HC e professor do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPE, Eduardo Melo. “Para mim, foi muito importante porque pude conhecer todos os pacientes e suas lutas. Foi um momento de crescimento profissional e pessoal”, completa.
O artigo foi um estudo transversal que analisou as características, o impacto e os fatores associados à cefaleia da diálise, visto que a dor de cabeça intensa é um dos sintomas mais frequentes que ocorrem durante as sessões de hemodiálise. O objetivo da pesquisa foi avaliar o comportamento da vasculatura cerebral, comparando pacientes com e sem o distúrbio.
Dos 100 participantes, 49 deles tinham cefaleia da diálise e os que mais apresentaram essa condição foram mulheres, pessoas mais jovens, com maior escolaridade e que passaram mais tempo em programas de diálise. Os indivíduos com cefaleia dialítica demonstraram pior qualidade de vida em questão de dor e estado de saúde geral.
"A cefaleia da diálise foi associada a um impacto significativamente maior na vida dos indivíduos e o índice de pulsatilidade (identificado por ultrassonografia doppler transcraniana) foi menor entre os pacientes com cefaleia da diálise do que entre aqueles sem. Para isso, os pacientes foram submetidos a quatro horas de hemodiálise e precisaram responder a um questionário de avaliação", completa Eduardo Melo.
Do HC-UFPE/Ebserh, além de Eduardo Melo, o estudo também foi assinado pelo nefrologista e superintendente do hospital, Filipe Carrilho, pela médica nefrologista Lucila Valente e pelo professor da UFPE, Pedro Sampaio. O estudo também teve participação do professor da Universidade de Pernambuco (UPE) Rodrigo Pedrosa.
O HC-UFPE faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2013. Saiba mais sobre a Rede Ebserh.
Com informações do HC-UFPE/Ebserh