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Parceria internacional
Hospital da Rede Ebserh na BA pesquisará novo tratamento para complicações da doença falciforme
A doença falciforme altera os glóbulos vermelhos do sangue
Salvador (BA) O Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia e vinculado à Rede Ebserh (Hupes-UFBA/Ebserh), irá testar um novo medicamento chamado Oxbryta (Voxelotor), voltado ao fechamento de úlceras em membros inferiores de pacientes com doença falciforme. A droga é um inibidor da polimerização – processo químico que resulta na formação de macromoléculas, chamadas de polímeros – da anemia falciforme e pode ser ministrada em pessoas com 12 anos ou mais.
O estudo “The impact of voxelotor treatment on leg ulcers in patients with sickle cell disease” (“O impacto do tratamento com voxelotor em úlceras na perna em pacientes com doença falciforme”, em tradução livre), financiado por um grupo privado, sugere que o medicamento trouxe resultados positivos a pacientes com úlcera nas pernas quando feita a comparação com um grupo que tomou placebo.
O grupo privado norte-americano é voltado ao tratamento de distúrbios sanguíneos, em especial a doença falciforme. Representantes visitaram o hospital para negociar o estudo conjunto e, após a visita, o Núcleo de Ensaios Clínicos da Bahia (NECBA), que atua como ponte entre pesquisadores do Hupes e grupos internacionais, foi aprovado como participante.
Segundo Jamary Oliveira, chefe do NECBA, os próximos passos para a tramitação do projeto são a aprovação do comitê de ética e a contratualização, seguida do recrutamento dos pacientes.
Sobre a Doença Falciforme
A doença falciforme, uma das alterações genéticas mais frequentes no Brasil, se caracteriza pela mudança nos glóbulos vermelhos, que passam a apresentar formato de meia lua ou foice. Algumas consequências são a dificuldade no transporte de oxigênio e a obstrução dos vasos sanguíneos, o que pode causar anemia e outros sintomas.
A população negra é considerada o grupo de maior risco e o diagnóstico da enfermidade, que é hereditária, ocorre com o teste do pezinho, feito com o sangue coletado do calcanhar do bebê. Após a identificação da doença, os pacientes devem ter acompanhamento médico durante toda a vida.
Com informações do Hupes-UFBA