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Cooperação
Hospital da Rede Ebserh na BA participa de reaproximação entre Brasil e Angola na área da saúde
Salvador (BA) – O Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia e vinculado à Rede Ebserh (Hupes-UFBA/Ebserh), recebeu no dia 18 de abril, uma comitiva do Ministério da Saúde de Angola para discutir sobre a doença falciforme. O objetivo é retomar a cooperação entre os países e contribuir para a organização e implantação de uma política nacional de atenção às pessoas com a doença no país africano. A atividade fez parte de uma agenda de reuniões e visitas da comitiva no Brasil, que já passou por Belo Horizonte e Brasília.
O Hupes-UFBA é referência no tratamento da doença falciforme, encarada pelo governo angolano como um problema grave de saúde pública. Genética e hereditária, a enfermidade é caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue. Alguns dos sintomas são dores nos ossos e articulações, anemia e maior propensão a infecções.
“A missão tem mais outros dois objetivos. O primeiro é ajudar na organização do teste do pezinho em Angola. O segundo é conhecer a experiência brasileira no que tange à doação voluntária de sangue, porque o país não tem uma campanha de doação nos nossos moldes”, afirma Tiago Novais, representante do Ministério da Saúde do Brasil que acompanha a comitiva.
No Hupes-UFBA, o grupo foi recebido pelo superintendente do hospital, José Valber Meneses, e pelo ortopedista e traumatologista Gildásio Daltro, que falou sobre saúde humanitária e doença falciforme aos visitantes. “Oitenta por cento da população de Salvador é afrodescendente. Destes, 5 a 10% adoecem e 30% têm o traço da doença falciforme. Somos um centro de referência para o país. A retomada da relação Brasil-Angola é de interesse do Governo Federal e importante para o trabalho que desenvolvemos no hospital”, afirma Daltro.
Francisco Domingos, diretor do Instituto Hematológico Pediátrico Dra. Victória do Espírito Santo e chefe da comitiva, ressaltou a importância do retorno da cooperação entre os países. “Estamos felizes com a retomada e com a oportunidade de, em Salvador, ter contato com um hospital que é referência no atendimento de pessoas com doença falciforme”.
“Encontramos no Brasil a oportunidade de capacitar nossos profissionais. Angola é um país que está em vias de desenvolvimento e que precisa muito do apoio de todos para alcançar aquilo que outros países já fazem”, completou Eunice Manico, diretora técnica do Instituto Nacional de Sangue de Angola.
A comitiva chegou ao Brasil no dia 10 de abril. Antes de chegar a Salvador, passou por Brasília (DF), onde discutiu políticas públicas em saúde, e em Belo Horizonte (MG), cidade na qual foram debatidas a triagem neonatal e a política de sangue.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Com informações do Hupes-UFBA/Ebserh