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Cuidado e assistência
Hospital da Rede Ebserh/MEC no Ceará atinge marca de 600 transplantes de medula óssea realizados
O serviço de transplante de medula óssea não foi paralisado durante a pandemia
Fortaleza (CE) – Em agosto do ano passado, o servidor público João Wilker soube que precisaria passar por um transplante de medula óssea. “Em junho de 2020, tive Covid-19 e descobri que estava com anemia. A pedido dos médicos, passei por vários exames para investigar e o diagnóstico veio dois meses depois: síndrome mielodisplásica”, disse o servidor público. Aproximadamente oito meses depois da descoberta da doença, o servidor público recebeu dos médicos a tão esperada notícia: foi encontrado um doador com 90% de compatibilidade.
“Fiquei muito feliz e com as esperanças renovadas por saber que a cura estava próxima. Sou muito grato a Deus e a esse doador, que mesmo sem me conhecer, em uma atitude totalmente altruísta, estava me dando uma nova chance de vida”, contou. Wilker é um dos pacientes beneficiados pela parceria entre o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), vinculado à Rede Ebserh/MEC, e o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), que há mais de uma década salva vidas por meio de transplantes de medula óssea no Estado.
No último mês, o serviço completou 13 anos de atendimento e, ao longo desse período, atingiu a marca histórica de 610 transplantes do tecido. O HUWC realiza o transplante e o acompanhamento posterior dos pacientes, enquanto o Hemoce é responsável pelo cadastro dos doadores voluntários de medula óssea no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), pela triagem de candidatos, pelos testes de compatibilidade, exames, pela coleta da medula por aférese e atua no congelamento das células transplantadas.
Mesmo no ápice da pandemia do coronavírus, o hospital manteve a realização dos transplantes de medula óssea. Segundo Fernando Barroso, chefe da equipe de transplante de medula óssea do HUWC, foram estabelecidos protocolos de testagem de doadores e pacientes para Covid-19, além dos profissionais de saúde assintomáticos. “Isso permitiu que os transplantes não fossem paralisados durante a pandemia”, ressaltou Barroso.
Foi o caso de João Wilker. Natural de Russas, atualmente ele vai ao hospital da Rede Ebserh e ao Hemoce para dar continuidade ao pós-transplante. No hemocentro, ele realiza hemograma completo. No HUWC, Wilker continua o acompanhamento com a sua equipe médica. Um dia de cada vez, assim descreve o paciente sobre a sua evolução. “Hoje, estou me sentindo bem melhor, com energia para dar uma caminhada e com a esperança renovada. Agora tenho mais força para continuar”, finalizou Wilker.
Sobre a Rede Ebserh
O HUWC-UFC faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Essas unidades hospitalares, que pertencem a universidades federais, têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde.
Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde das regiões em que os hospitais estão inseridos, mas se destacam pela excelência e vocação nos procedimentos de média e alta complexidades.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh/MEC