Notícias
Serviço
Hospital da Rede Ebserh/MEC em Campina Grande passa a realizar cirurgia inédita no serviço público de saúde do município
Pelo método não são realizados os cortes habituais da cirurgia tradicional, utilizando imagens de uma câmera inserida em uma cavidade no paciente
Campina Grande (PB) – O Hospital Universitário Alcides Carneiro, vinculado à Rede Ebserh/MEC (HUAC-UFCG/Ebserh/MEC), passou a oferecer um novo serviço para a população, que impactará positivamente também na formação de profissionais de saúde. No início deste mês, realizou, pela primeira vez na instituição e no sistema público de saúde do município, a cirurgia de histerectomia total por videolaparoscopia. Esse procedimento consiste na retirada do útero da paciente utilizando uma técnica inovadora.
De acordo com o ginecologista Rodrigo Dantas, responsável pelo procedimento, em uma situação normal, não-pandêmica, seria possível realizar até um procedimento por semana. Com a oferta de leitos de terapia intensiva para atender a pacientes com Covid-19, a estimativa depende da ocupação. O impacto na formação também foi pontuado pelo médico, por trazer benefícios diretos para o ensino de residentes em ginecologia em sua formação cirúrgica, incluindo a oferta de cirurgias minimamente invasivas.
“As histerectomias em si já são realizadas há muito tempo no hospital e em outros serviços públicos da cidade. Entretanto, utilizando via videolaparoscopia, que é uma modalidade minimamente invasiva, sem os cortes habituais da cirurgia tradicional, foi realizado pela primeira vez no sistema público de Campina Grande. Já recebemos o contato de uma representante da Secretaria de Saúde, pois querem viabilizar a realização desse tipo de procedimento pelo município, ofertando pelo SUS em outros hospitais da cidade. No futuro, o hospital também poderá oferecer uma residência médica em Endoscopia Ginecológica, subespecialidade da ginecologia e obstetrícia”, Dantas.
A videolaparoscopia é um método cirúrgico moderno, realizado com o suporte de uma microcâmera (endocâmera) inserida no corpo da paciente através de pequenos furos. Dessa forma, o cirurgião consegue ver o útero por meio de imagens de vídeo transmitidas em um monitor de alta definição. Os instrumentos cirúrgicos entram na cavidade através de tubos, chamados trocaters, por onde também acontece a entrada de gás carbônico, inserido com o objetivo de inflar o abdômen do paciente para que o médico consiga ter espaço na realização da cirurgia.
Os benefícios de se realizar uma cirurgia por meio dessa técnica são muitos: menos dor pós-operatória, menor tempo de internação hospitalar, retorno mais rápido às atividades habituais, menor percentual de complicações cirúrgicas e melhor estética por ausência de grandes cicatrizes abdominais.
O procedimento foi realizado por dois ginecologistas do HUAC-UFCG/Ebserh/MEC, com o apoio de uma médica residente de ginecologia, uma anestesista, um enfermeiro instrumentador e uma enfermeira circulante.
Sobre a Ebserh
Desde dezembro de 2015, o HUAC-UFCG é filiado à Rede Ebserh/MEC. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, contribuem para a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Com informações do Huac-UFCG/Ebserh/MEC