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Inovação
Hospital da Rede Ebserh em Campo Grande inaugura nova área de higienização
Campo Grande (MS) – A pandemia provocada pelo coronavírus trouxe ao Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, vinculado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e à Rede Ebserh (Humap-UFMS/Ebserh), a necessidade de aumentar suas instalações voltadas para a assepsia dos funcionários. Para atender a essa demanda, a uma distribuidora de gás forneceu quatro contêineres equipados com duchas de água quente e áreas secas para higienização dos profissionais, que serão alimentados com energia gerada por GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha). Além disso, o produto será usado como reserva de energia para determinados equipamentos médicos e para abastecer uma máquina para limpeza da área externa das instalações de estrutura de suporte.
O superintendente do Humap, Cláudio César da Silva, explica que circulam aproximadamente 500 alunos e 200 residentes por dia no hospital, que possui 1.600 funcionários, dos quais 1.200 diretamente envolvidos no atendimento assistencial (médicos, enfermeiros e farmacêuticos, entre outros). “Inicialmente, 400 profissionais atenderão diretamente aos pacientes da Covid-19, todos com complicações devido a comorbidades, conforme definido no plano estadual de atendimento do governo do Mato Grosso do Sul”, disse.
Foi instalado um reservatório com duas toneladas de GLP, suficiente para suprir a demanda por pelo menos 30 dias, e montada toda a estrutura com os contêineres, em parceria com o uma empresa Italiana responsável pela fabricação e comercialização de produtos focados na geração de energia limpa, que está preparando os geradores e toda estrutura que irá gerar energia limpa e fundamental para o atendimento proposto ao Humap.
O GLP também será o combustível para uma lavadora de alta pressão que será usada com a finalidade de higienizar as áreas externas, na qual circularão os funcionários destacados para trabalhar com os pacientes da Covid-19 e que, portanto, precisam de um cuidado maior.
Legado
A utilização do GLP como fonte alternativa de energia, que é proibida no Brasil desde a década de 1990, foi autorizada de forma excepcional pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), após um pedido formal da UFMS para distribuidora de gás e, consequentemente, consultas formais ao agende regulador, transformando-se em uma parceira estratégica de todo o projeto.
Além dos benefícios diretos e imediatos que a cooperação trará para o atendimento das vítimas da pandemia, toda a operação será acompanhada pelos gestores do hospital, que utilizarão a experiência para fundamentar um projeto de construção de banheiros e vestiários que já estava nos planos da instituição. Haverá ainda a possibilidade de usar a experiência para estudos. As áreas de pesquisa acadêmica acompanharão o funcionamento dos equipamentos para estudar a eficiência energética do GLP para o uso em novas aplicações para a indústria, elevando a capacidade tecnológica do Brasil ao patamar de outros países que utilizam muito mais esta fonte de energia.
No futuro pós-pandemia, por ocasião da desmobilização da estrutura de suporte ao Humap-UFMS/Ebserh, os equipamentos aplicados serão doados para a parceria de estudos de desenvolvimentos de outros usos do GLP entre UFMS e as empresas participantes da cooperação, a ser submetido à apreciação pela ANP, possibilitando a inovação e a validação cientifica de outras aplicações do GLP como solução limpa e eficiente de energia para os mais diversos segmentos.
Outras empresas também participam da iniciativa, como uma transportadora e uma fornecedora dos aquecedores de água, ambas doando seus serviços e realizando o empréstimo de seus equipamentos, viabilizando a implantação de todo o complexo. Uma empresa especializada em contêineres colaborou na redução do tempo de fabricação, atendendo ao cronograma da execução da obra, passando este pedido à frente dos demais e incluindo jornada extra para a conclusão.
Atuação da Rede Ebserh
Para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, a Rede Ebserh implementou o Comitê de Operações Especiais (COE) para definir estratégias e ações em nível nacional. Desde os primeiros anúncios sobre a Covid-19, a Rede Ebserh tem trabalhando em parceria direta com os ministérios da Saúde e da Educação, com participação nos COEs desses órgãos, e tendo como diretrizes o monitoramento da situação no país e em suas 40 unidades hospitalares.
Tem atuado na realização de treinamento de funcionários da Rede, promoção de webaulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas. Promoveu processos seletivos emergenciais com a possibilidade de contratação de aproximadamente 6 mil profissionais temporários para o enfrentamento da pandemia
Também disponibilizou R$ 274 milhões para ações contra o coronavírus, recursos do Ministério da Educação (MEC) liberados pela Ebserh de acordo com a necessidade e urgência de cada unidade hospitalar. A verba está sendo utilizada em adequação da infraestrutura, aquisição e manutenção de equipamentos, compra de medicamentos e outros insumos, além de equipamentos de proteção individual.
Em algumas regiões, as unidades da Rede Ebserh têm atuado como hospitais de referência ao enfrentamento do Covid-19, enquanto que em outras, atuam como retaguarda em atendimentos assistenciais para a população, por meio do Sistema Único de Saúde.
Com informações do Humap-UFMS/Ebserh