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Hospital da Rede Ebserh em Campo Grande é o único hospital público em MS a realizar cirurgia de fissura labiopalatina
As fissuras de lábio e palato correspondem à malformação congênita mais comum da face, com uma incidência aproximada de 1 caso para cada 700 nascimentos
Campo Grande (MS) – Graças à realização de uma parceria envolvendo o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh), filiado à Rede Ebserh, neste mês de junho, foram realizadas três cirurgias de fissura labiopalatina em pacientes pediátricos do Sistema Único de Saúde: uma menina de 4 anos, um bebê de 11 meses e um menino de 3 anos de idade.
Desde o ano de 2017, essa cirurgia havia sido suspensa em Mato Grosso do Sul para pacientes da rede pública assistencial, sendo necessário realizar o procedimento em outros estados. O Humap forneceu o centro cirúrgico e toda infraestrutura, assim como os insumos; os parceiros, a expertise técnica. São eles a Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais (Funcraf), a cirurgiã plástica Fernanda Saturnino, a ONG Smile Train, a Secretaria Estadual de Saúde de MS (SES).
As fissuras de lábio e palato, conhecidas também como lábio leporino e fenda palatina (ou “céu da boca aberto”), correspondem à malformação congênita mais comum da face, com uma incidência aproximada de 1 caso para cada 700 nascimentos. Elas não são apenas alterações de caráter estético, são a causa de problemas de saúde como má nutrição, distúrbios respiratórios, de fala e audição, infecções crônicas, alterações na dentição.
Provocam também problemas emocionais, de sociabilidade e de autoestima. Por isso, o tratamento requer abordagem multidisciplinar, isto é, a participação de especialistas na área de cirurgia plástica, otorrinolaringologia, odontologia, fonoaudiologia, entre outros.
“O tratamento de fissura labiopalatina vai além de uma cirurgia. É preciso todo um trabalho multidisciplinar com fonoaudiólogo, pediatra, dentista, entre outros profissionais para que atinja a melhor qualidade e não haja sequelas para o paciente, o que é perfeitamente possível”, explica Fernanda.
“O Humap-UFMS/Ebserh estabeleceu um Termo de Cooperação com a Funcraf, com o objetivo de viabilizar as cirurgias em pacientes portadores de fenda labial. Essa parceria enriquece o ambiente de ensino/aprendizagem para nossos alunos e residentes, já que somos um hospital-escola. Além disso, a parceria com a Secretaria Estadual de Saúde irá colaborar com incentivo financeiro mensal para auxiliar no custeio dessas cirurgias”, afirmou a gerente de Atenção à Saúde, Cláudia Emília Lang.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh