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CARDIOLOGIA
Hospital da Rede Ebserh em Brasília oferece cirurgia cardíaca para adultos
Cirurgia é considerada de alta complexidade pelo número de procedimentos realizados em uma única operação
Brasília (DF) - No início de outubro, o Hospital Universitário de Brasília (HUB) passou a oferecer mais um serviço de alta complexidade para a população do Distrito Federal. A equipe da cardiologia já está realizando cirurgias de revascularização do miocárdio, conhecida popularmente como ponte de safena. O hospital tem capacidade para fazer, pelo menos, oito procedimentos por mês.
Com o novo serviço, o HUB vai apoiar a Secretaria de Saúde (SES-DF) no atendimento à demanda de pacientes cardíacos e oferecer mais um importante cenário de prática para estudantes de graduação e residentes. “É uma vitória para o hospital universitário, que se insere no ambiente de alta complexidade de uma doença prevalente. Vamos qualificar as ações do hospital e criar um novo ambiente de ensino”, explica o gerente de Atenção à Saúde do HUB, Rodolfo Borges.
O atendimento é direcionado a pacientes adultos e é considerado de alta complexidade pelo número de procedimentos realizados em uma única operação. A cirurgia exige tecnologia e especialização da equipe. Durante o procedimento, o coração para de funcionar, mas a máquina coração-pulmão garante o bombeamento de sangue para esses dois órgãos, por meio da chamada circulação extra-corpórea.
Os pacientes são encaminhados pela SES-DF e, após a recuperação, são direcionados para dar continuidade ao acompanhamento na rede pública de saúde. O primeiro foi José de Ribamar da Costa, 60 anos, que passou pela cirurgia no dia 8 de outubro. “Apareceu essa oportunidade e deu tudo certo. Agora, espero aproveitar bastante a vida”, conta ele.
A enfermeira perfusionista Edna Rodrigues participou da cirurgia. “Estamos muito felizes, pois o HUB tem os recursos necessários: equipe extremamente capacitada e aparatos tecnológicos, beneficiando a população do DF e entorno”, garante Edna. Além de capacitação profissional, a cirurgia demanda ainda materiais médicos e leito de UTI disponível, onde o paciente é monitorado por aproximadamente três dias antes de ir para a enfermaria.
A cirurgia
As artérias coronárias levam o sangue oxigenado pelos pulmões ao coração, mas se elas acumulam placas de gordura, há o bloqueio da irrigação sanguínea. De acordo com o cirurgião cardiovascular do HUB, Isaac Azevedo Silva, a cirurgia cria desvios para que o sangue “pule” as regiões obstruídas, como se fossem pontes, usando a veia safena para fazer esse novo caminho.
No caso do José de Ribamar, além da safena, foi usada uma artéria mamária para fazer o enxerto. “Me senti realizado após a cirurgia. É extremamente gratificante termos condições de oferecer um serviço desse pelo sistema público de saúde. É uma sensação de dever cumprido”, afirma o cirurgião Isaac.
Com informações do HUB