Notícias
BOAS PRÁTICAS
Hospital da Rede Ebserh em Belo Horizonte protagoniza projeto nacional sobre resistência antimicrobiana
Parceiros, gestores e trabalhadores assistem à apresentação do projeto da Anvisa que irá avaliar o impacto dos pacotes de medidas de prevenção e controle de infecções
Belo Horizonte (MG) – O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), reuniu autoridades, gestores e trabalhadores para o lançamento de um projeto que avaliará o impacto da implementação de pacotes de medidas de Prevenção e Controle de Infecções (PCI) na redução da disseminação da resistência microbiana aos antimicrobianos. O HC-UFMG e o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) foram as instituições escolhidas para participar do estudo liderado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A iniciativa deve ser expandida para outras unidades hospitalares do país.
O projeto integra o programa nacional “Fortalecimento do Sistema Brasileiro de Vigilância da Resistência Antimicrobiana” e consiste na aplicação de um checklist , elaborado pela Anvisa. O objetivo é verificar como está a adesão dos profissionais de saúde às medidas de prevenção da disseminação de bactérias multirresistentes. “Está comprovado: a resistência microbiana é um problema de saúde pública. Por isso, esse projeto, um projeto de vigilância das medidas de prevenção e de controle já existentes e padronizadas”, ressalta a especialista da Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde da Anvisa, Mara Rúbia Gonçalves, durante o evento.
A iniciativa terá duração de cerca de um ano e será desenvolvida na UTI do Pronto Socorro e no 7º andar da Ala Leste do Hospital das Clínicas da UFMG. Os dados coletados serão reportados, periodicamente, à equipe da Anvisa para serem analisados.
O superintendente do HC-UFMG, Alexandre Rodrigues Ferreira, salienta que é sempre uma satisfação quando a instituição é convidada para participar de projetos como esse, “pois é sempre nesses desafios que conseguimos avançar e mudar um pouco a cultura institucional”. O gestor, ainda, enfatizou que “a resistência microbiana é um problema de saúde pública a nível mundial e a gente vê isso crescendo cada vez mais. A gente sabe que as medidas de prevenção existem, mas é preciso o engajamento das pessoas, e projetos como esse nos provoca, nos alimenta”.
Participaram do evento de lançamento do projeto, a médica infectologista da Universidade Federal de São Paulo, Ana Gales; o diretor da Vigilância Sanitária de Minas Gerais, Anderson Macedo Ramos; a chefe da Unidade de Vigilância em Saúde do HC-UFMG, Maria Letícia Braga; a coordenadora de Segurança do Paciente e Controle de Infecções da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Nádia Aparecida Campos Dutra; o analista técnico da Fundação Oswaldo Cruz, André Luiz de Abreu, além de gestores e trabalhadores do HC-UFMG.
Resultados
As medidas de prevenção e controle de infecção podem ser uma das intervenções mais custo-efetivas para combater a resistência microbiana. O médico infectologista da Universidade Federal de São Paulo, Eduardo Medeiros, apresentou alguns dos resultados esperados ao final da iniciativa, entre eles a mensuração da adesão dos profissionais às medidas de controle e o conhecimento da magnitude e perfil dos microrganismos multirresistentes circulantes. “O nosso foco é saber qual é a dinâmica de transmissão nas unidades avaliadas e as medidas de prevenção adotadas”, destacou. Além do hospital da Rede Ebserh em Belo Horizonte, o Hospital de Base do Distrito Federal (DF) também integra o projeto piloto.
Sobre a Ebserh
O Hospital das Clínicas da UFMG faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Luna Normand, com revisão de Andreia Pires
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh