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TRANSPLANTE
Hospital da Ebserh em Uberlândia (MG) realiza o 100º transplante de medula óssea
Transplante autólogo é indicado principalmente para tratamento de linfoma, com objetivo curativo de mieloma múltiplo, capaz de aumentar a sobrevida e tempo de remissão do tratamento oncológico. Imagem ilustrativa: freepik
Uberlândia (MG) – O Setor de Oncologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), mais conhecido na região como Hospital do Câncer, celebrou um marco importante no tratamento dos pacientes oncológicos: a realização do 100º transplante de medula óssea autólogo.
O HC-UFU/Ebserh tem habilitação para realizar o procedimento desde 2019, mas foi em 2020 que aconteceu o primeiro transplante. Segundo a chefe do Setor de Cuidados Especializados, Thais Rezende Mendes, a realização do 100º paciente transplantado, com indicadores de relevância, é um marco no serviço de Hematologia e Hemoterapia, proporcionando ao paciente o tratamento mais eficaz, quando a doença não responde a terapia medicamentosa.
Como funciona o transplante de medula óssea autólogo?
O médico da Unidade de Hematologia e Hemoterapia do HC-UFU/Ebserh, Virgilio da Costa Farnese, explica que o transplante de medula óssea não é uma cirurgia. A medula óssea é líquida. A coleta é através de medicamentos, que promovem o crescimento da medula e mobilização para o sangue, seguido de coleta através de uma máquina de aférese.
Em seguida, o paciente recebe um tratamento antineoplásico, capaz de reduzir ou eliminar as células cancerígenas e recebe novamente a medula que foi coletada, que regenera e se recupera do tratamento. Ou seja, o transplante autólogo proporciona ao paciente a possibilidade de substituir suas próprias células que foram acometidas pela doença, por células saudáveis.
Ainda segundo o especialista, o transplante autólogo é indicado principalmente para tratamento de linfoma, com objetivo curativo de mieloma múltiplo, capaz de aumentar a sobrevida e tempo de remissão do tratamento oncológico.
Altas taxas de sucesso
O hematologista garante que o procedimento tem altas taxas de sucesso, mesmo quando comparado a tratamentos mais novos, como medicamentos alvo, imunoterapia ou anticorpos monoclonais. “Apesar do avanço recente na área da oncologia, o transplante ainda é essencial no tratamento oncológico, principalmente nos pacientes de alto risco”.
O número reflete a satisfação dos pacientes, que ganham qualidade de vida. Aparecida Donizeti Gomes de Andrade já recebeu alta. Ela é a 100ª paciente transplantada no HC-UFU/Ebserh e conta como se sente. “Ainda estou em recuperação, mas já sinto melhoras. O procedimento foi tranquilo. O que tenho a dizer que vai dar certo, que Deus está no comando e que tudo passa! Sou muito grata a Deus e a todos da equipe que me proporcionou este transplante de medula óssea”.
Sobre a Ebserh
O HC-UFU faz parte da Rede Ebserh desde maio de 2018. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Pollyana Freitas, com revisão de Rafael Tadashi
Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh