Notícias
Distúrbios do movimento
Hospitais da Rede Ebserh/MEC oferecem atendimento para pacientes com Parkinson
Senior man with Parkinson syndrome doing puzzle at home
Brasília (DF) – O Dia Mundial do Parkinson, 11 de abril, é, uma oportunidade para promover a sensibilização e a compreensão sobre a doença, ajudar na redução do estigma associado e na criação de uma comunidade de apoio e solidariedade.
A família tem um papel fundamental, podendo ajudar a monitorar a progressão dos sintomas e auxiliando na administração de medicamentos e terapias prescritos. Além de tudo, é necessário ter a consciência de que a doença também pode afetar a dinâmica familiar e as relações pessoais, demandando adaptações para melhoria da autoestima e da autoconfiança. Os familiares também podem se beneficiar de terapia de aconselhamento para aprender a lidar com a doença e seus efeitos no cotidiano.
O neurologista Pedro Brandão atua como voluntário de Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB/Ebserh, vinculado à Rede Ebserh/MEC. O médico também é secretário do Departamento de Transtornos do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia. “Ter a doença de Parkinson não é uma sentença, muitos pacientes têm uma expectativa de vida igual à da população geral. Hoje temos muitos recursos de tratamento e, se o paciente for bem acompanhado, pode ter qualidade de vida. É importante identificar os sintomas para acelerar o diagnóstico”, afirma Pedro.
O Ambulatório de Distúrbios do Movimento do HUB atende cerca de 50 pacientes e é referência para pessoas com Parkinson no Distrito Federal. A neurologista responsável pelo serviço, Ingrid Faber, lembra que é importante ficar atento aos sintomas emocionais da doença. “O Parkinson provoca neurodegenerações no cérebro que podem favorecer sintomas depressivos. Além disso, receber o diagnóstico costuma abalar o paciente. Por isso, é muito importante ter uma rede de apoio, com convívio com familiares e amigos, e um tratamento psicológico”, explica Ingrid.
Atendimentos na Rede Ebserh
O Centro de Referência em Parkinson e Transtornos do Movimento (CerMov) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG/Ebserh) foi criado em 1996 e é um dos mais antigos do país. Atualmente, atende cerca de mil pacientes, que são acompanhados por médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. Um deles é a dona de casa Rosa Lima (foto ao lado), de 55 anos, diagnosticada com Parkinson há 15 anos. Além do tratamento convencional, ela passou por duas cirurgias de estimulação cerebral em 2018. “Depois da cirurgia, os tremores nas mãos melhoraram 80%. A medicação também está me ajudando muito”, conta Rosa.
Outro exemplo é o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF/Ebserh), que atende cerca de 250 pacientes com Parkinson em Niterói e municípios vizinhos, acompanhados por uma equipe de assistência, ensino e pesquisa, formada por neurologistas, neurocirurgiões, psicólogos, fisioterapeutas e educadores físicos. Também são realizadas atividades de extensão e reuniões educativas com pacientes, familiares e cuidadores. Segundo o coordenador do Setor de Distúrbios do Movimento do Huap-UFF, Marco Antonio Araujo, conhecer a doença é fundamental para garantir a adesão ao tratamento. “A doença é muito dinâmica e, embora não tenha cura, com a informação e o tratamento o paciente consegue se locomover melhor, entende que é capaz de viver com o Parkinson e sofre menos”, explica.
No Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG/Ebserh/MEC), o Ambulatório de Distúrbios de Movimento, criado na década de 1990, já atendeu mais de dois mil pacientes. A equipe é composta por seis neurologistas e 20 residentes. A neurologista Sarah Teixeira Camargos reforça que os sintomas não são necessariamente os mesmos para todos os pacientes. “É uma doença muito individual. Há uma linha evolutiva e grande parte dos pacientes segue essa linha, mas nem todos são iguais”, assegura.
Com um bom grau de autoconhecimento e de percepção das suas fragilidades cognitivas, emocionais e motivacionais, quem é acometido pelo Parkinson e tem o acompanhamento adequado, poderá desfrutar da vida com qualidade.
Veja outras histórias e saiba mais sobre os atendimentos nos hospitais da Rede Ebserh/MEC.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Leticia Justus, com revisão de Felipe Monteiro
Coordenadoria de Comunicação Social