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Setembro Verde
Hospitais da Rede Ebserh contribuem para a campanha de doação de órgãos
Trabalho de sensibilização, de escuta acolhedora e atenta auxilia na captação de doação de órgãos
Brasília (DF) – A dona de casa Geralda Batista, de 61 anos, descobriu uma cardiopatia e aguardava, com ansiedade, a doação de um coração. Há cerca de dois meses, ela recebeu um coração novo e, após semanas de internação no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, vinculado à Rede Ebserh (HU-UFMG/Ebserh), localizado em Belo Horizonte (MG), pôde finalmente voltar para casa. “Assim como esse gesto solidário salvou a minha vida, ele pode salvar a de outras pessoas. Só peço a Deus para que mais pessoas sejam doadoras”, disse.
A campanha Setembro Verde foi criada para reforçar a importância da doação de órgãos, incentivando o cadastro de possíveis doadores e a conscientização das famílias para que os transplantes possam ser realizados pelas unidades de saúde. Com o intuito de diminuir o tempo de espera por um transplante e potencializar o número de doações, hospitais vinculados a Rede Ebserh reforçam a campanha visando esclarecer e tirar dúvidas, contando com a participação de profissionais da saúde, depoimentos de pessoas transplantadas.
O Brasil tem o maior programa público de transplante de órgãos de tecidos e de células do mundo. Segundo dados do Ministério da Saúde, no último ano, foram realizados cerca de 12 mil transplantes no Brasil por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes recebem assistência integral gratuita, incluindo exames pré-operatórios cirurgias acompanhamento e medicamentos pós-transplante pela rede pública.
Mas a espera pode ser longa em muitos casos. Segundo dados de junho deste ano, existe no país 51.674 pacientes adultos ativos e mais 1.009 pacientes pediátricos na lista nacional de espera para transplantes.
Um fator importante para a sensibilização da sociedade sobre o tema é o depoimento e a ação de transplantados, que relatam sua história e passam a atuar como voluntários em campanhas de incentivo à doação. É o caso do fotojornalista gaúcho Antonio Carlos Mafalda, que descobriu um tumor no fígado em 2013 e, no ano seguinte, recebeu um órgão em cirurgia realizada no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), localizado em Florianópolis (SC). A partir de então se tornou um incentivador da doação.
“Eu realizo palestras e estou sempre em contato com as instituições para dar o meu depoimento e incentivar a alegria de viver. Posso dizer que, sendo de outro estado, me sinto um catarinense, pois aqui recebi o meu fígado e uma nova chance de vida”, afirmou.
Pela Lei n°10.211, de 2001, a retirada dos órgãos e tecidos de um potencial doador só pode ser realizada com a autorização dos membros da família. Entra em cena um trabalho de sensibilização, de uma escuta acolhedora e atenta por parte dos profissionais, pois a doação é sempre é determinada pela família. Justamente por isso, o desejo de ser doador deve ser comunicado aos familiares, sendo que apenas uma conversa informal serve para essa finalidade.
Com informação dos HUFs