HC-UFMG recebe visita de autoridades em dia de mutirão

Belo Horizonte (MG) - No último sábado (14), o Hospital das Clínicas da UFMG, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, recebeu a visita de autoridades durante o “Dia E” do projeto “Ebserh em Ação”, esforço conjunto dos 44 hospitais universitários da estatal para ampliar os atendimentos por meio de cirurgias, exames e procedimentos em todo o país. Só em Belo Horizonte, foram três mutirões simultâneos e cerca de 71 procedimentos em um único dia, sendo 23 cirurgias oftalmológicas, 40 ultrassonografias e oito cirurgias de mastologia.

Estiveram no HC-UFMG o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, o subsecretário de Atenção à Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, André Menezes, e a reitora da UFMG, professora Sandra Regina Goulart. Eles foram recepcionados pela alta gestão do hospital, que iniciou a visita com uma reunião na superintendência para apresentar o contexto das oito semanas do “Ebserh em Ação” e os números do HC-UFMG.

“Para finalizar a ação no dia de hoje, recebemos os dois secretários e a nossa reitora para ver de perto o trabalho desenvolvido durante esses últimos meses. Esses esforços concentrados, aumentando o volume e o número de procedimento, é uma tentativa de minimizar a grande fila de espera, uma ação de extrema importância para o nosso SUS e a nossa população”, disse o superintendente da instituição, Alexandre Rodrigues Ferreira.

Eles percorreram as unidades do hospital onde estavam acontecendo a ação e puderam ver se perto os esforços para ampliar o atendimento e atender a demanda reprimida de procedimentos.  O Secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, disse que essa expansão da oferta cirúrgica vai ao encontro dos objetivos do Ministério da Saúde, que é ofertar mais atenção especializada e de qualidade para a população.

“O HC-UFMG foi o hospital que mais fez cirurgias oncológicas nesse mutirão, uma forma de expandir onde a gente mais precisa, pois neste caso tempo é vida para quem tem câncer. Então todo o trabalho do Ministério da Saúde vem no sentido de tentar ampliar o diagnóstico e a agilidade do diagnóstico para dar o tratamento no tempo oportuno. E a ampliação de cirurgias para quem tem câncer é fundamental”, afirmou.

Durante as oito semanas do projeto “Ebserh em Ação”, o HC-UFMG aumentou em 20% o número de cirurgias eletivas. Além dos três mutirões do último sábado (8), no dia 20 de novembro aconteceu um mutirão de coloproctologia, que atendeu dez pacientes para reconstrução do trânsito intestinal.

Para a reitora da UFMG, como hospital de ensino, pesquisa e extensão, o HC-UFMG tem um papel muito importante para a universidade e também para o sistema de saúde, principalmente de Belo Horizonte. “Esse mutirão teve um papel muito relevante e nós estamos muito satisfeitos com o resultado, principalmente nas cirurgias oncológicas”, disse.

Balanço

O projeto “Ebserh em ação” retrata um esforço nacional da Rede Ebserh em prol da ampliação do acesso a cirurgias e exames. O projeto teve início em 14 de outubro de 2024 e a meta estabelecida para cada uma das 44 unidades era de ampliação de no mínimo 20% a realização de procedimentos durante nove semanas. A ação também faz parte do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF) do Ministério da Saúde.

Por meio de otimização nos processos de trabalho e dos recursos disponíveis, foi possível alcançar o resultado de mais de 20 mil cirurgias em oito semanas de acompanhamento, o que significou o aumento da oferta de aproximadamente 6,5 mil cirurgias, ou seja 150% da meta estabelecida incialmente no projeto.

Sobre a Ebserh

O HC-UFMG faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Redação e revisão: Luna Normand