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Terceira idade
Geriatra da Rede Ebserh/MEC orienta sobre prevenção de quedas em pessoas idosas
Escadas, degraus no ambiente onde o idoso convive, tapetes e até calçados podem levar o idoso a sofrer uma queda. Foto: Pixabay
João Pessoa (PB) – Escadas, tapetes em casa, pisos escorregadios, ambientes com baixa luminosidade, déficit visual e uso de medicações são fatores que podem levar o idoso a sofrer quedas. Em todo o mundo, as quedas são a principal causa externa de mortalidade e morbidade entre pessoas idosas. Estima-se que um em cada três indivíduos com mais de 65 anos sofra alguma queda.
“As quedas são muito prevalentes na população idosa. Conforme as estatísticas, um terço dos pacientes com mais de 60 anos sofre quedas. Alguns dos fatores que favorecem esse tipo de ocorrência: quanto mais idoso maior o risco; ele já ter sofrido um evento de queda prévia; e o fato de ser do sexo feminino, pois mulheres sofrem mais quedas”, afirma a médica Ana Laura Medeiros, geriatra do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Os fatores que favorecem esse tipo de acidente podem ser intrínsecos, quando se trata de algo inerente ao indivíduo, ou extrínsecos, que são os fatores ambientais. Dentre os fatores intrínsecos que propiciam a ocorrência de quedas e idosos, destacam-se: déficit visual (decorrente de glaucoma ou catarata, por exemplo); alguns tipos de medicação, doenças relativas aos ossos e articulações, como osteoporose e osteoartrite; doenças neurológicas, como demência e doença de Parkinson; diminuição da força muscular; quedas bruscas da pressão arterial; e arritmia cardíaca.
“Várias situações clínicas podem levar o idoso a sofrer uma queda. Fora essas situações inerentes ao envelhecimento do indivíduo, há também os fatores que a gente considera extrínsecos. Quanto mais independente o idoso, maior a participação dos fatores que têm relação com os riscos ambientais”, explica Ana Laura. Ela lembra que escadas, presença de degraus no ambiente onde o idoso convive, tapetes, pisos escorregadios, disposição inadequada de móveis, espaços mal iluminados e até calçados inadequados podem levar o idoso a sofrer queda.
“A família tem uma grande participação no controle dos riscos, mas o próprio idoso pode aumentar seu risco de cair, quando assume um comportamento de risco. Isso ocorre quando ele subestima suas limitações físicas, se expondo a situações de risco desnecessárias, como subir em banquinhos para alcançar objetos altos, subir em árvores ou muros sem apoio adequado... Nessas situações, pode haver dificuldade no controle da postura, propiciando a queda”, cita a especialista.
A geriatra ainda enfatizou a importância de se procurar ajuda médica após a queda do idoso, porque muitas pessoas idosas sofrem lesões em órgãos internos que nem sempre são perceptíveis. “O atendimento e a correção precoce dessas lesões são fatores que mais contribuem para a plena recuperação do idoso”, esclarece.
Com informações do HULW-UFPB/Ebserh