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Julho Verde
Especialistas da Rede Ebserh/MEC reforçam a importância do autoexame para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço
Objetivo da iniciativa é conscientizar a população acerca dos sintomas da doença e a importância da detecção precoce
Brasília (DF) – Depois de auxiliar no tratamento de diversas pessoas com várias doenças, incluindo câncer de cabeça e pescoço, a cirurgiã bucomaxilofacial Janayna Oliveira, que atua no Humap-UFMS/Ebserh/MEC, em Campo Grande (MS), esteve do outro lado da situação, sendo diagnosticada com a doença. Em um autoexame, Janayna suspeitou do problema e, depois da confirmação do diagnóstico, foi submetida a duas cirurgias. Todos os anos ela participa das campanhas de conscientização e alerta para a necessidade de prevenção ao câncer. “Não convivo com sequelas justamente porque descobri a doença na fase inicial. Por isso a prevenção e o conhecimento sobre ela são tão importantes”, explica Janayna.
Desde 2016, a campanha Julho Verde, lançada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), chama a atenção para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço com o objetivo de conscientizar a população acerca dos sintomas da doença e a importância da detecção precoce. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), esse tipo de câncer tem alto índice de mortalidade no Brasil, especialmente porque os pacientes já chegam para o tratamento com a doença em estágios avançados. Por isso, o maior desafio da área é o diagnóstico precoce. De acordo com especialistas da Rede Ebserh/MEC, que incluem a própria Janayna, uma das formas eficientes de detectar um indício inicial desse tipo de câncer é o autoexame, ao qual ela mesma se submete e conseguiu detectar o problema precocemente.
Conforme o cirurgião de cabeça e pescoço Aglailton Menezes, que atua no HU-Univasf/Ebserh/MEC, em Petrolina (PE), realizar o autoexame é muito simples. “Em frente a um espelho, levante suavemente a cabeça, evidenciando a região do pescoço, enquanto faz ingestão de algum líquido de sua preferência. Caso seja notada dificuldade na deglutição ou algum aspecto diferente na anatomia do pescoço, procure um posto de saúde para receber o acompanhamento necessário”, explica o médico.
Sintomas e fatos de risco
Segundo o Inca, o câncer de cabeça e pescoço acomete majoritariamente a população masculina, a partir dos 40 anos. Estima-se que no biênio 2021-2022, sejam diagnosticados 74.240 mil novos casos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse é o nono tipo de câncer mais comum no mundo.
Conforme o cirurgião Aglailton Menezes, o câncer de cabeça e pescoço se manifesta com tumores na cavidade oral, boca, língua, laringe, tumores de pele na área da cabeça e pescoço, base do crânio e, também, na tireoide. “Os sintomas mais frequentes são: feridas na cavidade oral, nódulos na região do pescoço, rouquidão e dificuldade para engolir. Caso uma dessas queixas persistir por mais de 21 dias, o paciente deve procurar uma unidade de saúde”, explicou.
Consumo excessivo de bebida alcoólica, tabagismo, prática de sexo oral sem uso de preservativo, uso incorreto de próteses bucais e exposição excessiva à radiação ultravioleta são considerados fatores de risco que aumentam consideravelmente a chance de ocorrência de câncer na região da cabeça e pescoço. Veja como reduzir esses riscos ao lado.
Sobre a Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh/MEC com informação dos HUs