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Atenção nas férias
Especialistas da Rede Ebserh/MEC ajudam a tornar os dias de férias mais leves, produtivos, divertidos e seguros para toda a família
Férias pode ser diversão tranquila para crianças, adolescentes e adultos
Fortaleza (CE) – Férias. Palavra que é a alegria da criançada, mas é também sinônimo de preocupação para os pais. O que fazer para tornar esse período um conjunto de boas experiências para as crianças, adolescente e adultos?
Uma das grandes preocupações dos pais no período de férias é a exposição excessiva às telas. Para a psicóloga do Hospital Universitário Walter Cantídio, que é parte do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (CH-UFC/Ebserh/MEC), vinculado à Rede Ebserh, e mãe de um menino, Yadja Gonçalves, a tecnologia faz parte da realidade atual, por isso acredita ser importante mediar a exposição. “Propiciar a interação dos filhos com outras crianças e com a família, além de atividades na natureza e exercícios físicos, são estratégias muito eficazes”, exemplifica.
Segundo a especialista, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) faz recomendação sobre a exposição às telas por faixa etária. “Para crianças menores de 2 anos, a recomendação é evitar a exposição; de 2 a 5 anos, no máximo, 1 hora de exposição por dia; de 6 a 10 anos, de 1 a 2 horas; e de 11 a 18 anos, 2 a 3 horas diariamente, evitando o uso durante as refeições”, pontua.
Yadja também chama a atenção é para a rotina das crianças e dos adolescentes no período de férias. “A rotina é importante para a estruturação psicossocial. Nas férias, é comum uma readaptação desse dia a dia, porém continua sendo importante manter alguns costumes, pois isso contribui para a segurança, a orientação e o desenvolvimento infanto-juvenil. Devido à flexibilidade das férias, as crianças e os adolescentes podem ter maior autonomia e contribuir para a reorganização dessa rotina. Uma boa dica é deixar as crianças sugerirem algo que queiram muito fazer com a família ou amigos”, orienta.
A pediatra do HUWC e mãe de quatro meninos, Fernanda Honório, afirma que existem alternativas simples e gratuitas para aproveitar da melhor forma possível o tempo da criançada. “Estimule brincadeiras que propiciem a interação com outras crianças, como pular amarelinha, esconde-esconde, pega-pega. É na brincadeira que a criança desenvolve habilidades como cooperação, persistência, capacidade de lidar com frustração, além de ser um meio saudável de estimular a prática de atividade física”, recomenda.
Para Tatiany Bezerra, terapeuta ocupacional do Hospital Universitário e mãe de quatro meninas, é importante que pais ensinem as brincadeiras que faziam na infância aos filhos, como pular corda ou elástico, brincar de jogo de pedras, cabra-cega, entre outras da preferência dos pais.
Ainda de acordo com a terapeuta, realizar passeios culturais, como ir a museus, teatros e marcos históricos apresentados nos livros da escola pode ser boa opção. “Valer-se daqueles equipamentos e ambientes históricos que foram transformados em espaços de lazer, pois as atividades ao ar livre são também uma ótima opção para reunirmos gerações e repassarmos costumes”, acrescenta.
Seja para atividades externas ou em casa, a pediatra Fernanda faz alguns alertas importantes. Segundo ela, “o uso dos protetores solares deve ser feito diariamente. Os protetores infantis possuem fator 30 ou superior e devem ser aplicados na sombra, cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol e a reaplicação deve acontecer a cada 3 horas. Quando a criança passar mais de 5 minutos na água, deve-se reaplicar em um espaço de tempo menor”. Além disso, cuidar da alimentação e manter a rotina de sono da criança são fundamentais para que as férias transcorram saudáveis e seguras.
Por último, a psicóloga Yadja indica atividades por tipo de faixa etária para aqueles momentos nos quais ficar em casa é a única opção. “Crianças menores de 2 anos estão em uma fase sensorial, tornando interessante promover atividades que possam estimular sensações, como pintura com tinta apropriada. Com crianças de 3 a 6 anos, atividades de exploração da imaginação, como teatrinho, caça ao tesouro e outros. De 7 a 10 anos, atividades que possibilitem o livre movimento do corpo, como esconde-esconde, pega-pega e caça ao tesouro. Acima de 11 anos, jogos de tabuleiros e desafios mentais”, recomenda.
Com informações do CH-UFC/Ebserh