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OUTUBRO ROSA
Especialista da Rede Ebserh orienta sobre o combate ao câncer de mama
Outubro Rosa chama a atenção para o combate ao câncer de mama. Freepik
Brasília (DF) – O câncer de mama é o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. E, conforme estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), devem ser registrados neste ano 73.610 novos casos. Por isso, a Rede Ebserh, por meio de especialista de um dos seus 45 hospitais vinculados, enfatiza a relevância da prevenção e do tratamento precoce no combate à doença.
Há 22 tipos diferentes de câncer de mama, caracterizados pelo crescimento desordenado e acelerado de células dos ductos mamários que podem escapar dos controles de regulação genética e imunológica do corpo e atingir outros órgãos. Segundo o INCA, um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início.
Prevenção e rastreamento
A doença pode apresentar sinais ainda na fase inicial. Por isso, detectá-los o quanto antes pode trazer resultados consideráveis no tratamento. Alguns sintomas como presença de nódulo, afundamento ou secreção pelo mamilo e alteração na pele (na textura ou vermelhidão) podem ser motivo de alerta. “É importante a paciente tocar as mamas frequentemente, pois, quando alguma coisa sair do normal, ela perceberá e procurará aconselhamento médico”, enfatiza o mastologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), Donizeti William Santos.
Apesar do possível receio de receber o diagnóstico da doença, é importante realizar exames de rastreamento para a detecção, como é o caso da mamografia anual a partir dos 40 anos. Em alguns casos, é necessário complementar com ultrassom de mamas. Já a ressonância é indicada apenas em casos muito específicos. O autoexame da mama também é indicado, uma vez que é simples e pode ser realizado em casa. Ele consiste em tocar as mamas com os dedos, para identificar se há nódulos nos seios.
Foi por meio de exames de rotina que a estudante de medicina Lara Soares de Morais, 31 anos, descobriu a doença em julho deste ano. “Foi um baque receber esse diagnóstico, porque o nódulo não foi palpado e não tive nenhum sintoma. Sem o exame de rotina eu não teria descoberto tão cedo, o nódulo estaria bem maior e mudaria provavelmente o tratamento”, reforça a estudante.
O mastologista do HC-UFU destaca que existem vários fatores associados a aumento na incidência do câncer de mama, que vão desde condições ambientais, como exposição a defensivos agrícolas, obesidade, sedentarismo, ingestão diária de álcool; bem como características das últimas gerações de mulheres, como começar a menstruar antes dos 12 anos, ter filhos depois dos 30 anos, uso de métodos contraceptivos hormonais por décadas; dieta hipercalórica e inflamatória.
Como forma de auxiliar na prevenção da doença, algumas mudanças que podem ser feitas, principalmente na adoção de um estilo de vida mais ativo e saudável. “É indicado fazer de 150 a 300 minutos, no mínimo, de atividade física por semana de moderada a alta intensidade; controle do peso evitando a obesidade; eliminar ingestão alcoólica e tabagismo; fazer dieta rica em frutas, vegetais, leguminosas e nozes, com restrição na quantidade de carne vermelha, açucares e excesso de carboidratos”, destaca o médico.
Tratamento
O tratamento da doença é multidisciplinar, podendo envolver cirurgia, hormonioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapia alvo-biológica e radioterapia, de acordo com o subtipo molecular e estágio em que é diagnosticado. Além disso, a sequência definida e quais desses tratamentos serão necessários não são os mesmos para todas as pacientes, uma vez que consiste em um grupo heterogêneo de doenças, com comportamentos distintos entre elas.
Diversos hospitais da rede Ebserh, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecem o tratamento completo para o câncer de mama, do rastreamento ao tratamento, até chegar à reconstrução em caso de retirada das mamas (mastectomia). Além disso, as instituições também promovem mutirões de exames, ações educativas de conscientização e informação em saúde para conscientização da população.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Paulina Oliveira, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh