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Amamentação
Especialista da Rede Ebserh/MEC reafirma a importância de doar leite humano mesmo durante a pandemia
Brasília (DF) – No último dia 30, a copeira Kátia Alves Mendonça deu à luz uma menina chamada Manuela, que nasceu prematura no Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, vinculado à Rede Ebserh/MEC (HC-UFMG/Ebserh/MEC). Por esse motivo, a recém-nascida segue sob cuidados da equipe da Neonatologia. Por Manuela ainda se alimentar em pequenas quantidades de leite materno, Kátia doa o excedente para o Banco de Leite Humano. “Ela nasceu de 31 semanas e abaixo do peso. Então eu retiro o meu leite para sua alimentação, via sonda, e o restante fica no Posto de Coleta para doação. Saber que eu vou ajudar vários bebês é algo muito gratificante”, disse a doadora. Essa prática é incentivada durante todo o ano e reforçada, principalmente, no Dia Mundial de Doação de Leite Materno, comemorado nesta quarta-feira, 19 de maio.
Com a pandemia, muitas mães ficaram receosas em manter a amamentação, temendo a contaminação dos bebês, impactando, assim, nas doações. Por isso, neste ano, a Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) definiu como tema da campanha de 2021 o slogan “Doação de Leite Materno: a pandemia trouxe mudanças, a sua doação traz esperança”.
Especialistas afirmam que não há, até o momento, evidências científicas de que o coronavírus possa ser transmitido pelo leite humano. “O principal
risco de contaminação é pelas vias respiratórias de mães infectadas. Por isso recomenda-se o uso de máscara facial, cobrindo completamente o nariz e boca, além da higienização das mãos antes de amamentar, tocar o bebê ou extrair o leite materno”, explica a coordenadora do Banco de Leite Humano do Hospital das Clínicas de Uberlândia, vinculado à Rede Ebserh/MEC (HC-UFU/Ebserh/MEC), Marília Neves.A coordenadora ressalta, anda, que as doações de leite humano podem continuar sendo feitas durante a pandemia. “Todas as mulheres com excedente de leite e que estejam saudáveis podem ser doadoras. Aquelas que tiveram Covid-19, após o período de isolamento de 15 dias, também podem doar, assim como as que já vacinaram”, afirma.
Benefícios
O leite materno é a melhor fonte de nutrição para os bebês. No entanto, em alguns casos, recém-nascidos não podem ser alimentados pela própria mãe. É nesse momento que a doação de humano pode salvar vidas. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite da mãe até os seis meses e que a amamentação continue acontecendo, juntamente com outros alimentos, por até dois anos ou mais. Estudos mostram que bebês prematuros ou com patologias, alimentados com leite humano, apresentam mais chances de recuperação, ganham peso mais rápido, se desenvolvem com mais saúde e ficam protegidos de infecções.
De acordo com Isabel Maliska, coordenadora da Comissão de Incentivo ao Aleitamento Materno (CIAM) do Hospital Universitário de Florianópolis, também vinculado à Rede Ebserh/MEC (HU-UFSC/Ebserh/MEC), toda mulher que amamenta é uma doadora em potencial. “As mães que amamentam e querem e podem doar devem procurar diretamente os bancos de leite das cidades. São tomados todos os cuidados para que esta prática seja mantida”, reforçou.
Em muitos casos, o leite materno pode ser doado sem que a mulher precise sair de casa. Nesses casos, elas recebem frascos de vidros e, semanalmente, as equipes dos Bancos de Leite Humano buscam o material coletado pela própria doadora. Todo o leite doado passa por um rigoroso controle higiênico-sanitário antes de ser oferecido aos bebês. Para saber se a coleta é realizada em domicílio, a interessada deve entrar em contato com o Banco de Leite Humano de sua cidade.
Saiba mais sobre as ações da Rede Ebserh/MEC sobre o Dia Mundial de Doação de Leite Materno.
Sobre a Ebserh
Estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Vinculadas a universidades federais, essas unidades hospitalares possuem características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh/MEC com informações dos hospitais