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Especialista da Rede Ebserh/MEC aponta medidas que podem ajudar no combate à trombose
Os dois tipos de Trombose têm tratamento e prevenção
Brasília (DF) – Manter hábitos saudáveis, estar atento aos sinais do corpo, evitar situações de estresse e adotar medidas de prevenção são algumas das atitudes que podem ser tomadas para combater e prevenir a trombose. As dicas foram apontadas pelo cirurgião vascular Gilberto Galego, chefe da Unidade do Sistema Cardiovascular do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh).
A trombose é a formação de um coágulo no interior de um vaso que pode ser uma artéria ou uma veia e isso vai orientar sobre o tipo de trombose, os fatores de risco, a dimensão do problema e as possibilidades de tratamento. “No caso de uma artéria, temos uma trombose arterial, e no caso de uma veia, trombose venosa. Quando for uma veia mais calibrosa ou profunda, chamamos de Trombose Venosa Profunda”, explicou Galego. Segundo ele, a trombose arterial acomete os vasos que levam o sangue para todo o corpo e atinge principalmente pessoas com mais idade, além de estar associada a fatores de risco bem conhecidos como o fumo, diabetes, hipertensão, colesterol elevado, sedentarismo e obesidade, além de histórico familiar.
Dependendo da área atingida, o paciente pode apresentar um quadro de isquemia, que é o fluxo de sangue e oxigénio inadequado a uma parte específica do organismo. “Pode ser uma isquemia cerebral, quando acomete as carótidas, pode ser um infarto do miocárdio, quando acomete as coronárias, pode ser uma isquemia do intestino, quando atinge as artérias viscerais, ou ainda nos membros – braços e pernas – quando acontece nas artérias desses locais”, detalhou o médico.
Já a Trombose Venosa Profunda pode acontecer em pessoas mais jovens e pode ter relação com algumas doenças neoplásicas; em casos de pessoas em pós-operatório, quando o paciente fica muito tempo internado sem se movimentar e até em casos de períodos de grande imobilidade, como viagens intercontinentais ou engessamento de membros por fraturas, por exemplo. Há, ainda, casos relacionados ao uso de anticoncepcionais e, recentemente, houve também casos associados à Covid-19.
Os sintomas no caso da trombose arterial variam de acordo com o território do corpo que foi acometido. “Se o paciente tiver uma isquemia cerebral, poderá apresentar sintomas de um Acidente Vascular Cerebral como desmaio, perda de movimento em algum membro, perda de visão, dificuldade de fala, por exemplo. Se for no miocárdio, vai ter dor precordial (área do peito situada à frente do coração); se for uma isquemia no intestino, vai apresentar dor abdominal”, explicou. No caso da Trombose Venosa Profunda, que acomete preferencialmente os membros inferiores, o principal sintoma é um edema, inchaço ou aparecimento súbito geralmente em um dos membros, associado aos fatores de risco.
Conforme Galego, todos os médicos devem estar preparados para identificar casos de trombose, pois quanto mais precoce o diagnóstico e mais rápida a decisão terapêutica, melhor será o resultado. Os tratamentos variam de acordo com o acometimento. No caso da trombose arterial, o tratamento depende da gravidade, sendo que muitas vezes é necessária uma abordagem intervencionista, como uma cirurgia de ponte de safena, uma cirurgia endovascular, como angioplastia ou colocação de stent. No caso da Trombose Venosa Profunda, na imensa maioria dos casos, o médico recorre a anticoagulantes.
Segundo o especialista, o ideal é a prevenção. Hábitos saudáveis são importantes para prevenir os dois tipos. No caso da Trombose Venosa Profunda, é preciso também evitar situações que possam induzir à formação do coágulo, como exemplo evitar ficar muito tempo deitado ou parado, procurar se movimentar durante viagens intercontinentais, ficar hidratado e usar roupas confortáveis.
Sobre a Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Essas unidades hospitalares, que pertencem a universidades federais, têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde.
Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde das regiões em que os hospitais estão inseridos, mas se destacam pela excelência e vocação nos procedimentos de média e alta complexidades.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh/MEC