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Julho amarelo
Especialista da Rede Ebserh fala sobre hepatites virais, prevenção e tratamento
Mês de julho é dedicado à prevenção, tratamento e controle da doença
Recife (PE) – Julho Amarelo é o nome da campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e controle dessas doenças, que são as principais causas de câncer no fígado. São cinco os tipos de hepatites virais: A,B,C,D e E, sendo mais frequentes no Brasil os tipos A, B e C, com mais de 99% dos casos notificados de 1999 a 2018, segundo o Ministério da Saúde.
“As hepatites A e B possuem vacina, forma segura de prevenção, oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e incluída no calendário vacinal da criança. Já os adultos também podem se vacinar para prevenir a hepatite B de graça, nos postos de saúde”, explica a hepatologista Andrea Dória, supervisora do Programa de Residência Médica em Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, vinculado à Rede Ebserh (HC-UFPE/Ebserh).
A hepatite tipo A está relacionada às más condições de saneamento básico e de higiene, sendo transmitida por alimentos ou água contaminados pelas fezes de um doente. Tem como sintomas o surgimento de vômitos, dor abdominal, urina escura, além de pele e olhos amarelados (icterícia). Quando curado, o paciente não apresenta sequelas.
A hepatite B é transmitida pelo esperma e secreção vaginal (via sexual) e pelo contato com sangue contaminado. A transmissão pelo tipo C se dá, principalmente, pelo contato com o sangue contaminado. “Elas geralmente evoluem para um quadro de hepatite crônica, com poucos sintomas aparentes, até que surgem as complicações, como a cirrose e o câncer de fígado. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são as formas mais eficazes de evitar as complicações”, salienta Andrea Dória.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico se dá por meio de exames de sangue de sorologia. No caso das hepatites B e C, o teste rápido, que utiliza uma gota de sangue, dá o diagnóstico em 15 minutos. Após o teste rápido positivo, o exame laboratorial PCR é realizado no sangue, para confirmar a presença do material genético do vírus.
Os tratamentos para as hepatites B e C são baseados em medicamentos orais anti-virais, fornecidos pelo SUS. “A hepatite A não requer tratamento específico, mas necessita de acompanhamento. Alguns pacientes com hepatite B crônica e todos os pacientes com hepatite C crônica necessitam de tratamento com medicações antivirais”, esclarece Andrea Dória.
Sobre a Rede Ebserh
O HC-UFPE faz parte da Rede Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao MEC, a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.
Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Com informações do HC-UFPE/Ebserh