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Dia do Estatuto da Criança e do Adolescente
Espaços adequados e atividades lúdicas garantem humanização em atendimentos a menores na Rede Ebserh/MEC
Brasília (DF) - Espaços lúdicos, iniciativas de aprendizagem e humanização. Nesta terça (13), Dia do Estatuto da Criança e do Adolescente, especialistas da Rede Ebserh/MEC reforçam a importância de espaços que propiciem condições que ajudem na recuperação e na estadia desses pacientes nos hospitais vinculados.
Como exemplo pode ser citado o reforço escolar oferecido às crianças internadas desde o início da pandemia no Hospital Universitário da UFMA/Ebserh/MEC. Com a suspensão das aulas, os pacientes da ala pediátrica continuaram desenvolvendo suas atividades diretamente em seus leitos, com o acompanhamento de profissionais.
Antes de todo o cenário causado pelo coronavírus, as aulas eram realizadas pela Classe Hospitalar do HU-UFMA em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Luís (Semed), em uma sala específica da Unidade Materno Infantil. Entretanto, com o cenário atípico causado pela pandemia do coronavírus, essas aulas precisaram sofrer adaptações para que as crianças internadas durante todo esse período continuassem recebendo um incentivo no aprendizado. Diariamente, profissionais passara a se deslocar até os leitos para aplicar atividades de forma adaptada, com o objetivo de manter a continuidade dos estudos das crianças.
“O maior benefício é ter o direito à educação mesmo em um leito hospitalar. Embora enfrentando a pandemia, percebemos o desenvolvimento cognitivo e social dessas crianças. Entramos em contato com a escola do aluno-paciente para fazer o elo para que não perca as atividades. Está sendo uma experiência muito boa”, analisa Wilma Cunha, pedagoga do HU-UFMA/Ebserh/MEC.
Espaços lúdicos em Brasília e Florianópolis
No HUB/UnB/Ebserh/MEC, em Brasília, existe a Brinquedoteca Renato Russo, espaço de aprendizagem da pediatria. A sala, que foi construída em 2016 em parceria com organização não governamental Associação Amigos da Vida, conta com pinturas coloridas, televisão, três computadores, brinquedos pedagógicos e móveis modulares que se adaptam a diferentes configurações. “Nesse tempo de experiência percebemos que esse tipo de espaço auxilia na adaptação ao ambiente hospitalar, melhora a adesão ao tratamento e promove a continuidade à escolarização”, explica Bianca Salim Teixeira, pedagoga do hospital.
Uma brinquedoteca também está disponível em Florianópolis (SC), no Hospital Universitário da UFSC/Ebserh/MEC. Além do espaço, o hospital conta uma equipe multiprofissional com pediatra, psiquiatra, enfermeiros, psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, nutricionista, pedagogo, fisioterapeuta, residentes, estudantes, técnicos administrativos e de higienização que atendem crianças e adolescentes.
“Há de se entender que a criança está com sintomas que geram desconforto, em um ambiente diferente e com pessoas diferentes”, explica Fábio Schneider, pediatra e chefe da Unidade de Cuidado da Criança e do Adolescente.
O especialista destaca a importância desses espaços e do olhar diferenciado do profissional para os pacientes menores de idade, principalmente os que precisam ficar por mais tempo nas unidades. “O prolongamento da internação leva ao cansaço de todos, embora muitas vezes, com o passar do tempo, a criança se habitue ao ambiente e às pessoas, que deixam de ser um ‘perigo’ e passam a ser ‘amigos’. O ponto mais importante é a honestidade sobre o tempo de internação e o que motiva isso quando se trata de crianças maiores e/ou adolescentes. A sinceridade não irá gerar dúvidas desnecessárias ou contradições e sempre é bem-vinda nesses casos”, afirma.
Sobre a Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Vinculados a universidades federais, essas unidades hospitalares têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh/MEC com informações dos hospitais