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INCLUSÃO
Em trabalho conjunto, Hospitais da Rede Ebserh promovem acessibilidade a pessoas com deficiência
Acessibilidade e inclusão são caminhos necessários para garantir a qualidade de vida de pessoas com deficiência.
Nesta matéria, você verá:
. Promovendo debates inclusivos;
. Compromisso com a acessibilidade;
. De mãos dadas com a informação.
Brasília (DF) - 21 de setembro marca o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (PCD), data que visa sensibilizar a população sobre os direitos desse público e, assim, contribuir com o fortalecimento de uma sociedade mais inclusiva. Ambientes acolhedores e respeitosos surgem como ferramentas essenciais para a promoção da qualidade de vida de pessoas com deficiência. É neste sentido que diretrizes são desenvolvidas e ampliadas para fortalecer a acessibilidade e a inclusão dentro dos Hospitais da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Promovendo debates inclusivos
No Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), a “1ª Jornada sobre Diversidade e Inclusão no HU-UFMA: Tudo Bem, Não Sermos Iguais; A Diferença Nos Enriquece” foi desenvolvida com o intuito de trazer melhorias à cultura organizacional. “Queremos sensibilizar as pessoas no sentido de perceber e respeitar essas peculiaridades individuais, fazer com que as pessoas se sintam vistas, incluídas e respeitadas nas suas diferenças”, comenta Nelma Silva Pereira, psicóloga do Hospital.
O evento aconteceu nos dias 19 e 20 de setembro e a programação foi composta por palestras que ocorreram durante toda a manhã da quinta e sexta-feira. Alguns dos temas abordados foram: "Desconstruindo o capacitismo no mundo do trabalho" e "Liderança inclusiva: os desafios para gerenciar pessoas e talentos diversos". Também foram refletidos assuntos referentes à identidade de gênero, sexualidade, etarismo, entre outros.
Compromisso com a acessibilidade
O Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB) também tem se destacado na busca por iniciativas inclusivas em suas dependências, trabalho que vem sendo realizado criteriosamente pela Comissão de Avaliação Biopsicossocial de Pessoas com Deficiência, antes conhecida por Comissão de Equipe Multiprofissional de Avaliação e Acompanhamento do Empregado com Deficiência (CEMAAED). Atuando desde 2021, a Comissão é a primeira criada no âmbito Ebserh, de acordo com Violeta Noleto, integrante do grupo e assistente social da Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalhador (USOST) no HUB-UnB.
“Eu sempre gosto de dizer que a acessibilidade está muito além da arquitetônica, da acessibilidade do ponto de vista de infraestrutura, mas a acessibilidade deve ser atitudinal”, destaca. Nesse sentido, algumas iniciativas importantes já foram lideradas pela Comissão no Hospital. Um dos exemplos foram as adaptações realizadas para receber o advogado André Graça, que integra o HUB-UnB desde 2022. Cego desde o nascimento, André foi recebido com muita atenção e profissionalismo.
“Nos antecipamos e solicitamos que a infraestrutura fizesse a adaptação do piso tátil para que esse colaborador fosse bem acolhido mesmo antes da sua chegada. Fomos percebendo que é necessário fazer o acolhimento desde a integração”, comenta Violeta. Além disso, os profissionais da Tecnologia da Informação (TI) também desempenharam papel crucial com a instalação dos programas necessários para a realização dos trabalhos online.
“Me chamaram antes do meu início efetivo e perguntaram o que eu precisava de adaptação para trabalhar. Foi feito em tempo recorde”, comenta André em entrevista concedida em 4 de setembro à Ebserh.
De mãos dadas com a informação
Em Salvador-BA, o Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA), por meio da Comissão de Inclusão e Acessibilidade para as Pessoas com Deficiência (CIAPD), também tem realizado trabalhos importantes neste tema. Criada em julho de 2023, a iniciativa tem promovido ações em compromisso com a melhoria da acessibilidade e a sensibilização sobre inclusão e os direitos das pessoas com deficiência, como explica Tuira Ornellas, presidente da Comissão. “Temos feitos ações voltadas à conscientização no ambiente hospitalar, como palestras, campanhas internas e treinamentos, sensibilizando os profissionais de saúde para as necessidades específicas das pessoas com deficiência, o que resulta em um atendimento mais qualificado e empático, além de reduzir barreiras no cuidado e melhorar a experiência do paciente”, detalha.
A comunicação tem sido uma das principais formas de conscientização, como o detalhamento sobre quais elementos podem auxiliar na identificação de pessoas com deficiência. Um desses exemplos são as bengalas. A Lei nº 14.951, de 02 de agosto de 2024, por exemplo, trata da coloração das bengalas longas, usadas para fins de identificação da condição visual de seu usuário.
Além disso, os cordões de identificação também são aliados neste objetivo. O uso dos cordões não é obrigatório e não comprova, por si só, que o indivíduo possui uma deficiência. Para tanto, é necessário portar um documento oficial comprobatório, como documento de identidade com especificação (emitido em algumas regiões do país) ou laudo médico.
- O cordão girassol, por exemplo, é usado para identificar pessoas com deficiências ocultas, como surdez, baixa visão e autismo;
- O cordão quebra-cabeça é um padrão internacional utilizado para a identificação de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA);
- Cordão com desenho do infinito é o emblema da neurodiversidade, um movimento social e político pela aceitação e conscientização de transtornos mentais e/ou do desenvolvimento.
“A conscientização contínua auxilia na promoção de uma cultura hospitalar mais inclusiva, onde todos os pacientes são atendidos com dignidade e respeito às suas condições individuais”, finaliza Tuira.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Redação: Elizabeth Souza, com edição de Marília Rêgo
Coordenadoria de Comunicação Social – Ebserh