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Balanço
Em meio à pandemia, Ebserh/MEC investe quase R$ 1 bilhão em equipamentos, obras e no apoio ao combate à Covid-19
No último ano, estatal conquistou importantes avanços nas áreas da saúde e da educação ao mesmo tempo em que intensificou o enfrentamento ao coronavírus
Brasília (DF) – Grávida de 31 semanas, Francini Dorasci contraiu Covid-19. Após dias internada na Unidade de Terapia Intensiva do hospital universitário federal da Rede Ebserh em Florianópolis (HU-UFSC/Ebserh), ela foi submetida a um cesariana de emergência. Já intubada por causa de uma forte pneumonia, não viu seu filho ser transferido para a UTI Neonatal. Foram dias de luta de mãe e filho compensados pela vitória da vida. Francini é uma das quase 4 mil vidas salvas pela Rede Ebserh durante a pandemia.
Essa história de superação faz parte do cotidiano das unidades hospitalares filiadas à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), responsável pela gestão de 40 hospitais universitários federais em todo o país. Mesmo em um ano marcado pela pandemia mundial de Covid-19, a Rede Ebserh conquistou importantes avanços ao mesmo tempo em que intensificou o enfrentamento ao coronavírus. Foram dezenas de obras entregues, leitos disponibilizados, investimentos realizados - esforços que resultaram no mais importante: vidas salvas e apoio ao ensino de qualidade.Em seu segundo ano à frente da estatal, o presidente da Rede Ebserh, Oswaldo Ferreira, destacou os avanços que estão auxiliando a instituição a atravessar o período de emergência em saúde pública mantendo a excelência dos serviços prestados. “Atuamos arduamente em prol de uma gestão mais integrada com o fortalecimento da assistência à saúde, do ensino e pesquisa e da responsabilidade social, desde o primeiro ano da nossa gestão. E, no ano passado, ampliamos ainda mais nossos esforços e nos adaptamos à realidade que nos foi imposta pelo coronavírus, pensando na saúde da população e na segurança dos nossos trabalhadores. Tudo isso mantendo o nosso compromisso com o apoio ao ensino na área da saúde”, afirmou Ferreira.
Em 2020, 82 obras foram concluídas, incluindo reformas e ampliações de espaços assistenciais que atendem diariamente a milhares de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), como a própria Francini. “Sou muito grata a toda a equipe do HU-UFSC/Ebserh. Agradeço as incansáveis horas de carinho, paciência e dedicação”, disse.
Dentre as obras entregues pela Ebserh/MEC estão a reforma e ampliação de subestações de energia do Hospital Universitário de Brasília com investimentos de R$ 16,8 milhões. A nova estrutura garantirá o fornecimento ininterrupto de energia à unidade hospitalar. Houve ainda a inauguração das novas instalações de ambulatórios pediátricos e reforma central de agendamento do Complexo Hospital de Clínicas, em Curitiba. A estatal também entregou o novo prédio do Hospital das Clínicas da UFG, em Goiânia. A estrutura tem 20 andares e capacidade para 600 leitos de internação e começou a ser construída há 20 anos, recebendo atenção especial para sua finalização nos últimos anos.
O planejamento realizado pela estatal no ano passado possibilitou, também, a disponibilização de 13 equipamentos de grande porte e de alta tecnologia, que somam aproximadamente R$ 65 milhões investidos na renovação do parque tecnológico das unidades hospitalares. No total, apenas em 2020, a Ebserh investiu R$ 318,42 milhões em equipamentos, obras e reformas, um crescimento de aproximadamente 20% em relação a 2019.
Além desses investimentos, foram homologados dois concursos públicos com 2,4 mil vagas ao todo, sendo um deles para reposição de profissionais em toda a Rede Ebserh e o outro para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU/Ebserh), o primeiro realizado pela Ebserh/MEC para a unidade hospitalar. Os concursos continuam vigentes, mas, atualmente, a estatal está impedida de realizar novas contratações por causa da Lei Complementar 173/2020, publicada durante a pandemia.
Assistência na pandemia
Exclusivamente para o enfrentamento da pandemia, a Ebserh destinou aproximadamente R$ 641 milhões aos hospitais universitários federais, sendo R$ 321 milhões para aquisições na Rede como um todo. Desse montante, somente por meio de compras centralizadas realizadas pela administração central da empresa, R$ 131 milhões foram destinados à aquisição de 32 milhões de itens, entre equipamentos de proteção individual, kits de testes para coronavírus e medicamentos.Também foram investidos R$ 37 milhões para adequações emergenciais de infraestrutura física, conserto e manutenção de equipamentos, incluindo respiradores e suplementação de contratos de hotelaria hospitalar. Além disso, R$ 283 milhões foram utilizados para a contratação de aproximadamente 5 mil profissionais por meio de processo seletivo emergencial. Tudo isso resultou na disponibilização de aproximadamente 2 mil leitos para pacientes com Covid-19 durante o período, sendo cerca de 1,3 mil leitos de enfermaria e 700 de UTI.
A Ebserh também apoiou o Ministério da Saúde no atendimento a pacientes de Manaus. Até o momento, foram mais de 200 pacientes com Covid-19 transferidos da capital amazonense para nove hospitais universitários federais da Rede em outros estados, visando desafogar o sistema de saúde local.
Ensino, pesquisa e extensão
Com uma rede de 40 hospitais universitários federais, a Ebserh oferece campo de prática e apoio na área educacional voltados à saúde. Essas atividades próprias de hospitais de ensino, pesquisa e extensão não pararam na pandemia. Pelo contrário, houve reforço nas capacitações, com a disponibilização de 16 cursos em formato de ensino à distância (EAD) para toda a Rede Ebserh, totalizando 70.308 inscrições.
Ações como teleconsultas também foram mantidas, com a contribuição dos estudantes. Um deles é o aluno de Medicina da Universidade Federal da Paraíba, Ariano Brilhante, 24 anos, que realiza as práticas no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), vinculado à Rede Ebserh/MEC. Ele interagiu de forma remota com as famílias de pacientes que estavam internados na UTI. “Como não podíamos atuar presencialmente, encontramos essa alternativa que conciliava nossas atividades com a ajuda às famílias. Ali, colocamos em prática a comunicação, como informar a situação dos internados. Isso foi um ponto extremamente importante, pois possibilitou uma preparação supervisionada para lidar com situações adversas”, avaliou.
Pensando na comunidade acadêmica, no ano passado, a Ebserh realizou uma pesquisa de opinião com os residentes, cujo resultado se converteu no investimento de R$ 12 milhões para a melhoria dos espaços e equipamentos voltados ao ensino nos hospitais, impactando positivamente na atividade de estudantes de especialização, residentes, graduandos e professores.
Também promoveu a primeira edição do Exame Nacional de Residência Ebserh (Enare), uma seleção unificada com 405 vagas em nove hospitais e provas realizadas em todas as capitais do país e nas cidades de Araguaína (TO) e São Carlos (SP).
A produção científica também foi intensa no período pandêmico. Mais de 350 pesquisas relacionadas à Covid-19 foram produzidas e seis hospitais da Rede realizaram testes para desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus. Nos últimos dois anos, 6.087 projetos de pesquisa foram iniciados, 784 foram concluídos e 12.885 estão em andamento, incluindo projetos de anos anteriores.
“Com todas as adaptações que tivemos que fazer para contemplar a nova realidade, mantivemos, ao máximo, o que planejamos. E, mesmo dentro das questões emergenciais, realizamos ações com as respostas rápidas que o contexto requeria. Temos importantes desafios pela frente e vamos continuar atuando para oferecer os melhores serviços para a sociedade”, finalizou o presidente Oswaldo Ferreira.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh