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OPERAÇÃO ACOLHIDA
Em 2018, operação humanitária do Governo Federal reconhecida pela ONU teve o apoio da Rede Ebserh/MEC
A atuação humanitária foi reconhecida pela ONU como um trabalho pioneiro e efetivo na prestação de assistência e integração das pessoas venezuelanas. Foto: Casa Civil
Brasília (DF) – A Operação Acolhida já regularizou mais de 280 mil migrantes e refugiados venezuelanos e cerca de 66 mil foram interiorizados para mais de 700 municípios. A atuação humanitária foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um trabalho pioneiro e efetivo na prestação de assistência e integração das pessoas venezuelanas, além de garantir e preservar a dignidade dos refugiados. E a Rede Ebserh/MEC fez parte da construção histórica dessa ação.
Com o mutirão Ebserh Solidária, a empresa ofereceu mais de 4.600 atendimentos de clínica médica, pediatria, ginecologia, enfermagem, oftalmologia, odontologia, infectologia e exames de testes rápidos de HIV, sífilis e Hepatite, entre 27 de agosto de 1 de setembro de 2018. Ao todo, a ação contou com a participação de aproximadamente 40 profissionais dos hospitais universitários federais vinculados à estatal.
Para o presidente da Rede Ebserh, Oswaldo Ferreira, a atuação dos profissionais que se deslocaram até Roraima foi exemplar. “O papel da Ebserh é aliar a assistência à saúde com a educação. Nossos voluntários atuaram nesse sentido e eu tenho orgulho dessa equipe. São profissionais que oferecem atendimento humanizado, com extrema preocupação com o próximo, independentemente da nacionalidade”, enfatizou.
De acordo com a Casa Civil, mais de 1,9 milhão de atendimentos foram realizados na fronteira do Brasil com a Venezuela. “O Brasil tem desenvolvido um receptivo para essas pessoas que já vêm de uma saga de muito sofrimento. Pessoas que caminham por dias sem fim, trazendo suas famílias a pé, com muita necessidade. Com a Operação Acolhida, nós já conseguimos fazer com que mais de 60 mil [pessoas] fossem abrigadas no Brasil, inclusive já com oportunidade de trabalho”, afirmou o ministro da Cidadania, João Roma.
Saiba mais sobre a ação Ebserh Solidária em parceria com a Operação Acolhida.
Atendimento em três etapas
A Operação Acolhida oferece assistência humanitária aos migrantes e refugiados venezuelanos que entram no Brasil pela fronteira com Roraima. A primeira etapa do atendimento ao fluxo desta parcela de venezuelanos começa nas estruturas montadas para assegurar a recepção, identificação, fiscalização sanitária, imunização, regularização migratória e triagem de todos que vêm do país vizinho. Logo após, os refugiados e migrantes são acolhidos nos abrigos. A Operação conta 14 abrigos, nove para não-indígenas e cinco para indígenas, distribuídos nos estados de Roraima e Amazonas.
Ao todo, são mais de 8 mil abrigados que contam com refeições, kits de higiene, ambiente com limpeza diária, atividades culturais, recreativas e lúdicas para as crianças, segurança, proteção e defesa dos direitos, bem como fornecimento de matéria prima para produção de artesanato indígena e provisão telefônica para contato com parentes que tenham permanecido na Venezuela.
Interiorização
A terceira etapa do processo é a Interiorização, que consiste em deslocar refugiados e migrantes de Roraima para outros estados brasileiros. Esta é a principal estratégia do Governo brasileiro para promover a inclusão socioeconômica desta parcela de venezuelanos. Além disso, esta parte do processo contribui para reduzir a pressão sobre os serviços públicos.
Desde o início da ação, já foram interiorizadas mais de 66 mil pessoas para mais de 700 municípios brasileiros em diversas Unidades da Federação.
Para participarem desta etapa do atendimento, os refugiados precisam estar regularizados, vacinados e aptos clinicamente. Além disso, eles precisam estar devidamente informados sobre a cidade de destino e sobre seus direitos e deveres no processo. Os participantes precisam, ainda, de uma Declaração de Voluntariedade assinada.
“O Brasil, através do seu povo, com tanta solidariedade, tem conseguido lidar com essa questão e tem reconhecimento internacional. Vários organismos têm elogiado as práticas do Governo brasileiro e, também, do povo brasileiro, que tem conseguido fazer a ambientação dessas pessoas”, declarou o ministro da Cidadania.
Sobre a Rede Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Essas unidades hospitalares, que pertencem a universidades federais, têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.
Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde das regiões em que os hospitais estão inseridos, mas se destacam pela excelência e vocação nos procedimentos de média e alta complexidades.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh/MEC com informações da Casa Civil