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Ebserh viabiliza reforço no centro cirúrgico do hospital universitário de Niterói com aumento no quadro de profissionais
Recentemente, foram convocados novos profissionais que permitirão um número maior de cirurgias
Niterói (RJ) – Com gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) desde 2016, o Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap-UFF) Huap teve aumento no número de cirurgias. Foi justamente no ano seguinte ao início da gestão da Ebserh que os números de procedimentos cirúrgicos começaram a subir. Parte desse crescimento se dá por conta do investimento da estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC) na contratação de profissionais por meio de concurso público.
Recentemente, foram convocados novos profissionais para o Huap que cobrirão algumas perdas que o hospital teve ao longo dos últimos anos. Isso vai permitir um número maior de cirurgias e vai viabilizar ainda mais o funcionamento do centro cirúrgico. Uma queda pôde ser observada em 2020, com a covid-19, algo que persistiu em 2021. Mas a expectativa é que os índices voltem à crescente que vinha ocorrendo no período pré-pandêmico.
Média de cirurgias realizadas nos últimos 10 anos (2012-2021): 2.446
Média de cirurgias realizadas após o ano de 2016 (2017-2021): 2.548
O Huap-UFF é a maior e mais complexa unidade de saúde da Grande Niterói e, portanto, considerado na hierarquia do Sistema Único de Saúde (SUS) como hospital de nível terciário e quaternário, isto é, unidade de saúde de alta complexidade de atendimento. Dentre os serviços disponíveis, conta com as cirurgias, que atendem a população da Região Metropolitana II. O Huap é habilitado para realizar procedimentos de pequeno, médio e grande porte.
No total, são oferecidos 17 tipos: cirurgia cardíaca; cirurgia geral; cirurgia pediátrica; cirurgia plástica; cirurgia torácica; cirurgia vascular; coloproctologia; dermatologia (tumores); ginecologia; mastologia; neurocirurgia; obstetrícia; oftalmologia; oncologia cirúrgica; otorrinolaringologia; ortopedia; Urologia. As cirurgias são realizadas seguindo os padrões internacionais de segurança do paciente, para evitar equívocos durante o processo cirúrgico e enquanto o paciente estiver internado.
Fluxo de atendimento
Para realizar uma cirurgia no Huap, o paciente é encaminhado da unidade básica de saúde da sua região, com vagas mensais ofertadas através do sistema de regulação de Niterói. Caso o quadro se encaixe no perfil de atendimento do hospital, o paciente é avaliado pela equipe médica e, sendo constatada a necessidade de realização do procedimento cirúrgico, são definidos os próximos passos, como explica o cirurgião geral do Huap, Marcelo Sá.
“O paciente é avaliado pelo serviço responsável, que vai solicitar os exames necessários antes da cirurgia. Ele é, então, encaminhado para o risco cirúrgico, uma avaliação clínica e laboratorial pré-operatória, que é feita pela clínica médica ou pela anestesiologia. É para avaliar se o paciente está apto para a cirurgia ou se precisa de mais algum exame para ter a liberação. Quando não permite fazer a cirurgia, o hospital adapta de forma que possa ser realizada naquela condição clínica”, esclarece Sá.
“Outra possibilidade é o paciente vir por demanda interna de outros serviços (interconsulta). Ele é incluído em uma fila da especialidade cirúrgica em questão, que é uma forma de organização dos pacientes internamente. A prioridade da fila é determinada pelas condições clínicas do paciente, ou seja, pela gravidade da situação. Cada caso é avaliado dentro dos serviços para definir quem deve ser operado com maior urgência”, complementa o médico.
Pós-operatório individual
Marcelo Sá informa que, com a liberação do paciente, é dado seguimento à marcação da cirurgia no menor espaço de tempo possível, até porque o risco cirúrgico tem uma validade. Hoje, os centros cirúrgicos do Huap contam com 14 salas no total. O cirurgião reforça que o objetivo é tentar fazer com que o paciente interne, passe pelos preparos específicos, faça os exames necessários e realize a cirurgia em um mesmo dia, de modo a facilitar para o usuário.
“É importante dizer também que existem os cuidados pouco antes da cirurgia, como medicações, jejum, banho pré-operatório. Além disso, as equipes cirúrgicas assinam o termo de consentimento para a cirurgia que é realizada e a anestesia que é aplicada. Alguns pacientes precisam de vaga de terapia intensiva logo após o procedimento, por serem casos mais graves. Então, só é realizado caso o leito no CTI esteja disponível” afirma Marcelo.
O pós-cirúrgico, de acordo com o médico, é individual para cada paciente, cada cirurgia e cada patologia. Em alguns casos, é possível ir embora no mesmo dia. Em outros, é necessário um acompanhamento posterior. “Cada cirurgia tem sua complexidade e particularidade. Não podemos acelerar a alta de um paciente. A chave de sucesso do pós-operatório é um pré-operatório bem-feito. A cirurgia não é só o ato de operar”, finaliza.
Com informações do Huap-UFF/Ebserh