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ASSISTÊNCIA, ENSINO E INOVAÇÃO
Ebserh lança projeto em parceria com a Fiocruz voltado para assistência às gestantes e reduzir mortalidade materna e neonatal
Brasília (DF) – A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) lançou, nesta quarta-feira (4), o Projeto de Fortalecimento do Cuidado Obstétrico e Neonatal, executado em parceria com o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz).
A iniciativa vai qualificar a prática clínica destes dois tipos de cuidado em 25 das 45 unidades da estatal, analisando serviços e utilizando ferramentas digitais inovadoras, para reduzir a mortalidade materna e neonatal. A medida vai capacitar hospitais universitários para atuarem como referência nas modalidades de atenção do projeto, observando aspectos do ensino, formação e da assistência no Sistema Único de Saúde (SUS).
“O cuidado materno e neonatal é fundamental para construir o futuro do nosso país, por isso, ele é tema de uma ação de melhoria contínua. Esta experiência é combinada, e nesse esforço nós, juntamente com o IFF, vamos alcançar o nosso país continente para ajudar a reverter situações muito difíceis de acesso, de indicadores como mortalidade materno e infantil, a partir do esforço da nossa rede. Todo esse esforço nos ajudará a ensinar melhor, produzir ciência de alto nível e pavimentar o futuro do cuidado materno infantil no Brasil”, afirma o vice-presidente da Ebserh, Daniel Beltrammi.
Para a diretora de Atenção à Saúde da Ebserh, Lumena Furtado, o projeto tem importância amplificada pelo lugar de ensino e pesquisa dos hospitais universitários, para que a parceria ajude a criar referências, produzir protocolos e monitorar indicadores - como os de cesáreas.
“O cuidado tem que respeitar direitos e ampliar a dignidade. A Ebserh coloca na sua agenda a abertura das nossas unidades para o cuidado de populações que são invisibilizadas ou só são visibilizadas por ter uma violência acontecendo. Esse projeto também tem essa perspectiva de apoiar e ajudar os nossos HUs para singularizar os cuidados de acordo com a necessidade de cada população que chega a nós”, complementa.
O projeto tem como base a observação de evidências científicas e práticas de referência, além da aplicação da estratégia Qualineo, elaborada pelo Ministério da Saúde e o IFF, e do uso da metodologia dos 10 Passos no cuidado obstétrico para redução da mortalidade materna .
Duas outras atividades precederam o lançamento: oficina para validação de proposta metodológica realizada nos dias 2 e 3 de julho, e a apresentação da das iniciativas "10 Passos para Redução da Mortalidade Materna” e “10 Passos para Redução da Mortalidade Neonatal”, ações do Ministério da Saúde também conduzidas pelo IFF, em 31 de julho. 12 das 25 unidades participantes do projeto já vinham sendo monitoradas pelo instituto.
O diretor do IFF/Fiocruz, Antonio Flavio Vitarelli Meirelles, reforçou o empenho da instituição no projeto, destacando o fortalecimento do SUS, definido como missão e função do IFF, e salientando o caráter inclusivo da iniciativa e da instituição.
“É nosso papel, do governo, das instituições e da saúde pública brasileira não deixar ninguém para trás. Por isso, vamos incluir também pessoas transgênero, negros e populações originárias e deficientes, que muitas vezes não têm a chance de colocar para nós quando eles precisam ser incluídos em todos os nossos projetos”, afirmou.
O secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Jerzey Timoteo, destacou a parceria entre a pasta e a Ebserh, além de ressaltar o papel de referência da estatal e o seu protagonismo na formação de profissionais de saúde para o SUS, fatores estes que ajudarão na consecução dos objetivos do projeto.
“Vemos essa ação com o IFF com muito bons olhos, porque de fato entendemos que a Ebserh, nessa retomada dentro do SUS, pode não só ser um farol da ciência, mas uma força-chave junto ao nosso Ministério e líder de melhor cuidado com o SUS”, pontuou.
Solenidade
Estiveram presentes no evento realizado no Hospital Universitário de Brasília (HuB-UnB) representantes da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); Conselho Nacional de Saúde (CNS); Associação de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília (SGOB); Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (Aben); Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (ReHuNa); Centro Latinoamericano de Perinatología (CLAP); Rede Feminista de Goiás; Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat). A superintendente do HUB, Elza Noronha, deu boas-vindas aos participantes.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Raoni Santos
Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh