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Ebserh e IFF/Fiocruz promovem qualificação do cuidado neonatal e obstetrício em iniciativa conjunta
Brasília (DF) – Representantes da sede e de hospitais universitários geridos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), juntamente com membros do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) apresentaram, no dia 31 de julho, a implementação das iniciativas "10 Passos para Redução da Mortalidade Materna” e “10 Passos para Redução da Mortalidade Neonatal”, ações do Ministério da Saúde também conduzidas pelo IFF. O evento foi precedido de oficina para validação de proposta metodológica realizada nos dias 2 e 3 de julho.
Uma das prioridades da Ebserh, conforme explica o presidente da estatal, Arthur Chioro, é a qualificação da assistência materna e neonatal, que produz condições de assistência que defendam a vida das mães e dos bebês. Este cenário se materializa com a promoção da humanização do acompanhamento do parto, na redução de cesarianas, bem como no enfrentamento ao racismo institucional.
“Nossas UTIs neonatais precisam ser primorosas, visto que temos o compromisso não apenas de atender ao Sistema Único de Saúde (SUS) com excelência, mas de formar futuros trabalhadores e trabalhadoras que poderão, efetivamente, mudar a situação da assistência materna infantil em todo o país. Por isso buscamos o IFF, que possui uma tradição que pode somar à capacidade que temos, e que abre uma possibilidade imensa de produção de pesquisa e inovação, em todos os sentidos que essa palavra pode trazer. Desta forma, podemos transformar nossa rede em padrão ouro da assistência materna infantil para o país”, pontuou Chioro.
O objetivo do evento foi apresentar a cooperação técnica entre a Ebserh e o Instituto, que visa qualificar a prática clínica relacionada ao cuidado neonatal e obstetrício nas unidades da estatal que ofertam esse tipo de serviço, baseando-se nas melhores evidências globais, considerando particularidades regionais, com a perspectiva de tornar os hospitais universitários federais referências nestas modalidades de atenção, tanto sob o aspecto do ensino e formação quanto da assistência no Sistema Único de Saúde (SUS).
Dos 45 hospitais geridos pela empresa pública, 25 fazem assistência obstétrica ou neonatal em diferentes níveis de complexidade. Desse total, 12 unidades já vinham sendo monitoradas pelo IFF. A colaboração entre as duas instituições surge como forma de alinhamento de processos e metodologias para toda a rede, uma vez que a Ebserh possui hospitais em todas as regiões do país. “Nossa intenção sempre foi a qualificação do cuidado, fazendo mais e melhor o que já executamos, ampliando o acesso a públicos por vezes invisibilizados como a população de rua e os homens trans. Sabemos da nossa potência e dos muitos desafios relacionados à mortalidade materna, qualidade, segurança, monitoramento do cuidado e melhoria dos padrões de gestão clínica”, afirmou a diretora de Atenção à Saúde da Ebserh, Lumena Furtado.
“Nesse sentido, a colaboração com uma instituição que possui um trabalho de qualidade possibilita concretizar nossos objetivos, já que o IFF é reconhecido nacionalmente. Ele tem grande relevância em pesquisa, é referência técnica e possui parceria com o Ministério da Saúde, a qual já participam alguns dos nossos hospitais, além de estratégias de formação, apoio, monitoramento, inclusive com dados importantes, de forma bastante articulada e singular”, acrescentou Lumena.
O IFF, de acordo com a coordenadora de Ações Nacionais e de Cooperação do IFF/Fiocruz, Maria Auxiliadora Gomes, executa um conjunto de ações nacionais do Ministério da saúde desde a implantação da rede Cegonha, que atua na atenção materna e neonatal, bem como em diferentes frentes para a melhoria do cuidado e a redução da mortalidade materna e neonatal no Brasil.
O Instituto trabalha nacionalmente, junto com as secretarias de saúde, atuando na revisão dos desenhos das redes de atenção materna infantis e nos desafios da melhoria do cuidado clínico, baseado nas melhores evidências, e que este processo valorize a atenção integral, a garantia de direitos, das mulheres, das mães, dos recém-nascidos e de suas famílias.
“As unidades universitárias estão inseridas em um locus estratégico e possuem papel estruturante nas redes de atenção, não apenas por serem formadoras, o que por si só já tem um peso importante. Para além disso, são quadros e serviços formadores de opinião nos territórios onde elas estão situadas. É nesse contexto que surge essa cooperação, considerando também a prioridade que, neste momento, a Ebserh traz para a qualificação e fortalecimento do cuidado obstétrico neonatal nos hospitais universitários do país. Da nossa parte, enxergamos um enorme potencial de contribuição desses hospitais para o esforço nacional do SUS, do Ministério da Saúde, em termos o cuidado obstétrico e neonatal, bem como a segurança do cuidado, em um alto padrão de qualidade”, concluiu a coordenadora.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh