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Ebserh e Hospital de Campinas assinam parceria para uso de aplicativo de gestão
Jeanne Michel ressaltou que a empresa está aberta para parcerias semelhantes
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, de Campinas, assinaram um termo de parceria nesta quinta-feira, 23, para uso do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU). A ferramenta, um sistema informatizado de gestão hospitalar administrado pela Ebserh, será adotado pela instituição paulista. O objetivo é padronizar práticas, permitir a criação de indicadores e a aplicação de novas medidas, assim como acontece nos hospitais universitários federais que tem a Ebserh como gestora.
A presidente em exercício, Jeanne Michel, destacou que a ferramenta foi criada para dar agilidade e modernização a problemas crônicos dos hospitais públicos. “O objetivo é buscar soluções rápidas e criativas. Para isso, precisamos que nossos hospitais tenham dados e que a partir deles possamos criar métodos para solucionar problemas”, analisou.
A mesma visão é compartilhada pelo presidente do hospital paulista, Marcos Eurípedes Pimenta. Para ele, o sistema pode reorganizar procedimentos na instituição de forma que reflita nos pacientes atendidos. “Temos um hospital de mais de 40 anos que pouco fez de gestão. Agora estamos buscando ferramentas para isso e acreditamos que esse sistema (AGHU) é o adequado para a realidade do hospital”, destacou.
Também presente na assinatura, o secretário municipal de saúde de Campinas, Carmino Antônio de Sousa, lembrou as gestões de hospitais do exterior, onde a administração é feita com base em dados, resultados e em experiências de sucesso. “Na Europa, os hospitais são parecidos com empresas, onde a gestão é essencial. Temos que ter pessoas com talento e também capacitadas para administrar as ferramentas e os locais”, comentou.
Implementação
Nesta etapa, o Hospital Mario Gatti está conhecendo o AGHU, com suporte da Ebserh, e preparando profissionais da área de Tecnologia da Informação (TI) para operar diariamente no local.
O diretor de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação da Ebserh, Cristiano Cabral, destacou os diferenciais da ferramenta e a disponibilidade para o uso em hospitais brasileiros, por ser um bem público. “A maior parte das ferramentas dos mercado atendem hospitais que visam lucro;o AGHU não. Ele foi desenvolvido com foco no paciente em Hospitais 100% SUS. Nos queremos o máximo de hospitais públicos utilizando”, comentou.
Ao mesmo tempo, o diretor lembrou que a visão dos hospitais públicos sobre gestão deve mudar para que analisem suas necessidades, juntem os dados e saibam quais atitudes tomar a partir deles. “O AGHU é uma ferramenta que pode ser muito útil, mas que não funciona se não tiver gestão no local”, analisou.
Jeanne Michel ressaltou que a empresa está aberta para parcerias semelhantes e a troca de experiências com outros hospitais. “O AGHU, como ferramenta pública, está à disposição e aberto a melhorias. O Hospital Mário Gatti, por exemplo, pode nos ajudar muito na área de emergência, onde é referência”, comentou. A presidente em exercício também não descartou uma rede de comunicação futura entre os hospitais do país, que interajam e busquem soluções para problemas comuns. “Hoje, ninguém faz mais nada sozinho”, completou o secretário municipal de Campinas, Carmino Sousa.
Saiba mais
O desenvolvimento do AGHU iniciou em 2009, como parte integrante do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), do Ministério da Educação, destinado à recuperação e revitalização dos hospitais das universidades federais.
Para desenvolver o AGHU, a Ebserh utiliza como base o AGH, sistema de Aplicativos para Gestão Hospitalar desenvolvido pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), levando em conta o sucesso de seu modelo de gestão.
Os primeiros módulos do AGHU foram implantados em agosto de 2010, na Maternidade Vitor Ferreira do Amaral, de Curitiba, Paraná. Em março de 2015, o número de hospitais universitários usuários do AGHU atingiu a marca de 30.
Para saber mais sobre o aplicativo acesse o site.
Coordenadoria do Comunicação Social da Ebserh