Séries Especiais
Especial Saúde da Mulher
Desmistificando o envelhecimento feminino
Ao pensar em envelhecimento, as mulheres demonstram um comportamento mais proativo e têm a oportunidade de cuidar mais de si mesmas
Brasília (DF) – O processo de envelhecimento é o tema da última reportagem da série especial para celebrar Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, 28 de maio, promovida pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). É importante compreender que essa é uma fase natural, em que as mulheres enfrentam muitas mudanças físicas e emocionais. Também, é uma oportunidade para redescobrir-se, valorizar-se e explorar novos interesses, afinal, cada ruga ou linha de expressão é uma história, um aprendizado ou um sinal de que a mulher viveu experiências únicas.
Na visão do geriatra Roni Mukamal, do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-UFES), o envelhecimento das mulheres é muito interessante, pois elas geralmente vivem mais do que os homens, mas nem sempre vivem e envelhecem bem. “Muitas vezes, elas acumulam doenças crônicas. Perdem seus maridos mais cedo, os homens morrem antes, muitas vezes ficando sozinhas. Apesar delas viverem mais, não necessariamente vivem melhor”, analisa.
Ao pensar em envelhecimento, as mulheres demonstram um comportamento mais proativo e têm a oportunidade de cuidar mais de si mesmas, realizando exames preventivos e consultando regularmente o ginecologista. Esse cuidado pode ser um dos fatores que contribuem para a longevidade feminina, observa o geriatra. Além disso, as mulheres enfrentam uma rotina atribulada, acumulando diversas funções, como trabalho e cuidados com a casa e filhos. Embora os homens estejam mais presentes nesse cenário atualmente, a sobrecarga ainda é evidente, sem mencionar a desigualdade de gênero e a violência contra a mulher.
Para garantir uma vida longa e saudável, as mulheres precisam adotar uma rotina que priorize a saúde em todos os aspectos. A alimentação é a base para prevenir doenças e manter o corpo em equilíbrio. Os laticínios são a principal fonte de cálcio, nutriente primordial para mulheres que estão envelhecendo e para prevenir a osteoporose, mais comum após a menopausa. Manter os músculos ativos e uma dieta rica em proteínas é essencial para que o envelhecimento não comprometa a saúde muscular. “Não há tempo para começar e não se deve parar. Então, a mulher se beneficia muito do exercício. É bom para os ossos, para o sono, para a cabeça, para o coração e para o cérebro” enfatiza Roni.
Aliás, é imprescindível aprender a controlar o estresse, estabelecer bons hábitos de sono, conectar-se com a natureza, praticar meditação e trabalhar a espiritualidade – essas são ferramentas que podem ser utilizadas para lidar com os desafios da vida. Pois, como destaca o especialista, “Precisamos viver muito e ativos. Esse é o grande lema do envelhecimento”.
Durante cinco dias, a Coordenadoria de Comunicação da Ebserh destacou cinco aspectos da saúde para que as mulheres se cuidem bem e vivam melhor. Ginecologia, saúde mental e física, nutrição e envelhecimento foram abordados em matérias que consultaram especialistas de Hospitais Universitários gerenciados pela estatal. No próximo domingo, dia 28, será celebrado o Dia Internacional pela Saúde da Mulher. Que a informação correta, acessível e de qualidade seja um passo na longa caminhada de fortalecimento da mulher na luta por seus direitos e por seus sonhos.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Por Andréia Pires, com revisão de Danielle Campos
Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh